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Ações da Farfetch disparam de 20 para 32 dólares em apenas dois dias

A passada sexta-feira, dia 21 de setembro, ficou marcada pela entrada da Farfetch na Bolsa de Nova Iorque, com as ações a disparar logo no primeiro dia.

Segundo a análise levada a cabo pela Activotrade, corretora especializada em serviços de negociação online e no investimento em mercados financeiros, a Farfetch entrou a vender as suas ações, na Oferta Pública Inicial (IPO), ao preço inicial de 20 dólares/ação. A procura foi de tal forma elevada que, logo na primeira sessão, o valor disparou mais de 42%, para os 28,45 dólares, resultado de um volume de transações superior a 25 milhões de ações. O final do dia de segunda-feira, 24 de setembro, ficou marcado por uma nova subida, com as ações a crescerem mais 13%, atingindo os 32,39 dólares.

Segundo a corretora Activotrade, estes resultados merecem atenção, tendo em conta que a Farfetch é, ainda, uma empresa que não regista lucro. Em 2016, a Farfetch faturou 242 milhões e registou perdas de 53 milhões. No ano seguinte, faturou 386 milhões de dólares e teve um prejuízo de 58 milhões. Já nos primeiros seis meses deste ano, os prejuízos continuaram a aumentar para 68 milhões de dólares, segundo um relatório da Bloomberg Intelligence, apesar das vendas terem crescido ainda mais: 268 milhões no primeiro semestre do ano, mais que em todo o ano de 2016.

Tendo em conta este historial, e o facto de não serem esperados lucros antes de 2020, toda a euforia verificada em Bolsa fica a dever-se, única e exclusivamente, às expectativas elevadas que os investidores têm sobre o futuro desta empresa, principalmente porque, neste momento, se encontra muito mais cara que as restantes empresas do sector. Segundo Bruno Janeiro, analista da Activotrade, “o facto de a empresa ter sido colocada em Bolsa numa altura em que os mercados norte-americanos se encontram em máximos ajuda a que haja um sentimento de otimismo nesta operação. Trata-se, sem dúvida e na minha opinião, de uma jogada muito inteligente do português José Neves, fundador desta empresa”.

A Farfetch é uma plataforma global no sector da moda, de uma indústria que fatura mais de 300 mil milhões de dólares anuais: a indústria de luxo. Apesar de estar no negócio de retalho e moda, define-se como uma empresa tecnológica, tendo sido a primeira deste sector a cotar em Wall Street. A empresa tem apenas um concorrente nesse modelo de negócio, a italiana Net-a-Porter. Neste caso, trata-se de uma empresa com receitas de 2,1 mil milhões de euros (em 2017) e que já apresenta lucros na ordem dos 51 milhões (também em 2017).

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