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Num contexto de crescente digitalização e exigência por soluções seguras, a UNICRE tornou-se a primeira entidade em Portugal a integrar o PIX, o sistema de pagamentos instantâneos brasileiro, na sua rede de aceitação. Luís Gama, diretor de marketing da UNICRE, sublinha que a robustez, escalabilidade e segurança da solução foram determinantes para esta aposta estratégica, que promete não só facilitar a vida de milhões de consumidores brasileiros em Portugal, mas também reforçar a confiança dos comerciantes num meio de pagamento rápido, económico e altamente protegido. Tudo isto numa altura em que a inovação segura é mais do que uma tendência: é uma necessidade.
A UNICRE tornou-se a primeira entidade em Portugal a integrar o PIX – o sistema de pagamentos instantâneos criado pelo Banco Central do Brasil – na sua rede de aceitação. Esta iniciativa, pioneira na Europa, reflete não apenas uma aposta clara na inovação, mas também na segurança e na adaptação a um mercado global cada vez mais exigente. Luís Gama, diretor de marketing da UNICRE, explica que o objetivo principal é garantir que os comerciantes não percam nenhuma venda, oferecendo soluções de pagamento mais eficientes, simples, rápidas e seguras.
“Importa recordar que somos a única instituição em Portugal com certificação PCI-DSS e que traz também otimização de custos. Ou seja, os comerciantes pagam menos, os consumidores pagam menos comissões praticadas, pois atualmente os brasileiros pagam comissões muito elevadas. Além disso, a UNICRE tem a necessidade de encontrar novas formas de receita, num contexto cada vez mais competitivo”, explica o responsável.
A parceria com o Braza Bank surgiu durante o Web Summit, quando a fintech brasileira procurava um parceiro em Portugal com uma rede comercial forte e credibilidade junto dos reguladores e do mercado e a UNICRE revelou-se a escolha natural, pela confiança e infraestrutura que oferece. A colaboração visa não só captar um público significativo de turistas e residentes brasileiros em Portugal, como também alavancar novos modelos de transação e expandir fronteiras dentro e fora do país.
Segundo Luís Gama, o PIX é usado por mais de 75 milhões de brasileiros e teve um crescimento de 55% no último ano, sendo que, ao trazer esta solução para Portugal, a UNICRE posiciona o país na vanguarda da aceitação de métodos de pagamento internacionais. “A UNICRE faz inovação com propósito e com sentido. Não é inovação só para ‘levantar a bandeirinha’, mas inovação que responde a uma necessidade concreta dos consumidores. Recebemos um milhão de turistas brasileiros por ano, número que continua a crescer. Há cerca de 700 mil a 800 mil brasileiros residentes em Portugal (400 mil legalizados, outros em processo), e muitos com dupla nacionalidade. É um segmento de cerca de dois milhões de potenciais consumidores”.
O impacto será particularmente sentido nos sectores do turismo e retalho, incluindo a hotelaria, restauração, entretenimento e a distribuição, onde a presença e o consumo dos brasileiros – residentes ou turistas – são expressivos. Além disso, os brasileiros residentes em Portugal, que frequentemente compram eletrodomésticos, eletrónica e outros bens, passam a contar com um meio de pagamento mais acessível e vantajoso.
“O comerciantes portugueses que vendem para fora, por exemplo, através de e-commerce, já têm disponível o PIX como meio de pagamento. O consumidor no Brasil pode, por exemplo, comprar um bilhete para um espetáculo em Portugal, reservar um restaurante ou comprar produtos num site português”, explica o diretor de marketing da UNICRE.
Adesão ao PIX
Para os comerciantes, a adesão é simples: não é necessário um novo contrato, apenas uma adenda ao contrato atual, ativando o PIX como novo meio de aceitação com uma comissão padrão de cerca de 0,5%, muito abaixo dos valores cobrados por cartões não europeus, que podem ultrapassar os 1,5%. Do lado do consumidor brasileiro, o custo da transação com PIX ronda os 4%, em comparação com os habituais 8,5% de outros métodos, o que representa uma poupança significativa. “Não há mensalidades nem pagamentos por volume de uso. Só a comissão de serviço em cada transação”, adianta.
O pagamento é convertido em euros e o valor é transferido para a conta do comerciante no dia seguinte, após o fecho diário (cut-off às 20 horas). Em termos de segurança, tanto a UNICRE como o próprio PIX oferecem garantias sólidas. A certificação PCI-DSS da UNICRE e a arquitetura robusta do PIX, que realizou mais de 26 mil milhões de transações no último ano e conta com 170 milhões de utilizadores ativos, garantem uma solução escalável, segura e fiável.
A aceitação do PIX estende-se tanto a pagamentos físicos como digitais. Em breve, será lançado o soft POS, permitindo que qualquer comerciante aceite PIX através de uma aplicação no smartphone. A integração com e-commerce já está disponível e novas funcionalidades, como o PIX Contactless, tornarão o processo ainda mais ágil, inclusive em máquinas de self-service e quiosques automáticos.
A UNICRE prevê uma forte adesão ao PIX nos primeiros meses, apoiada por uma estratégia de comunicação ativa tanto em Portugal como no Brasil. “A comunicação é fundamental. Estamos a trabalhar em parceria com o Braza Bank e queremos comunicar na origem, ou seja, no Brasil. Para que os brasileiros, antes mesmo de saírem do país, já saibam que poderão usar o PIX em Portugal, o que lhes permite trazer menos dinheiro e viajar com mais segurança. Estamos a olhar para o PIX como uma vantagem competitiva na captação de novos clientes. Claro que vemos a oportunidade de crescer num relacionamento mais forte com os nossos atuais comerciantes, mas, sem dúvida, que este produto é uma vantagem e um diferencial que oferecemos a todos os comerciantes que valorizam os clientes com origem do Brasil”, adianta Luís Gama.
Pagamentos internacionais
A UNICRE pretende expandir a aceitação do PIX para outros países da União Europeia, aproveitando o passaporte financeiro que permite operar noutros mercados de forma ágil.
“O nosso mercado, Portugal, é pequeno, mas a missão e a ambição de crescimento são grandes. Sabemos que é possível, especialmente dentro da União Europeia, onde, graças ao passaporte financeiro, conseguimos atuar noutros países de forma rápida. Já temos operações em países como Espanha, Itália, Polónia e há outros mercados para os quais estamos a olhar, com comerciantes ou com fornecedores tecnológicos que querem levar estas soluções PIX para clientes deles nessas geografias. Depois é muito simples: basta pedir autorização ao banco local. Com o passaporte financeiro, esse processo demora poucos dias,e podemos estar a aceitar PIX em qualquer país da União Europeia a 27 em pouco tempo”.
No futuro, a aposta da UNICRE em soluções internacionais continuará. Luís Gama adianta que, além do Brasil, o foco passa também por mercados asiáticos como Índia, China e Indonésia, onde existem meios de pagamento digitais próprios que a empresa espera aceitar brevemente em Portugal. Uma estratégia clara de crescimento e digitalização para a UNICRE, onde a inovação anda de mãos dadas com a segurança e a experiência do consumidor.
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