Ana Alves, Head of Food Solutions da MC, faz um balanço dos resultados alcançados neste primeiro ano da Cozinha Continente, marca que veio robustecer a categoria de take-away da MC, categoria esta que tem apresentado um sólido crescimento ao longo dos últimos anos, em especial no pós-pandemia. Em 2023, este crescimento foi especialmente acelerado nas refeições de atendimento, com um crescimento superior a 30%, fruto do trabalho que foi feito na melhoria das receitas. Com centenas de receitas disponíveis em diferentes formatos, e a garantia de qualidade e autenticidade das mesmas assegurada pelo chef André Matos, são os pratos tradicionais portugueses, como Bacalhau Espiritual ou o Arroz de Pato, que têm vindo tem vindo a conquistar o coração e o estômago dos clientes. Já em qualquer um dos quatro restaurantes a grande estrela é o Bife à Portuguesa. Para 2024, os planos são ambiciosos, perspetivando-se outro crescimento significativo do negócio, na ordem do duplo dígito.
Grande Consumo – Faz este mês de março um ano de Cozinha Continente. Que balanço faz?
Ana Alves – O balanço do primeiro ano da Cozinha Continente é muito positivo. A Cozinha Continente veio robustecer a categoria de comida pronta do Continente, materializando a nossa obsessão pela qualidade. O lançamento da marca Cozinha Continente veio impulsionar, ainda mais, o crescimento desta tipologia de produtos.
Este crescimento é fruto não só da crescente procura por refeições prontas, adaptadas aos estilos de vida dos consumidores, mas especialmente do profundo trabalho que fizemos, e continuamos a fazer diariamente, para garantir a qualidade intrínseca das nossas refeições, seja pela qualidade dos ingredientes frescos utilizados ou da receita desenvolvida, seja pela sua qualidade percebida e reconhecida em testes sensoriais que realizamos regularmente.
Portanto, o balanço do primeiro ano da Cozinha Continente é bastante inspirador para os planos ambiciosos que temos para o futuro.
GC – Os objetivos que levaram à criação da marca estão a ser cumpridos?
AA – A criação da marca Cozinha Continente foi uma resposta à necessidade de qualificar a oferta de comida pronta do Continente, proporcionando-lhe um espaço e identidade próprios. Desde então, temos conseguido, consistentemente, fazer chegar aos nossos clientes o melhor da gastronomia tradicional portuguesa com soluções de comida pronta, com toda a qualidade e conveniência que ambicionamos.
O balanço do primeiro ano da Cozinha Continente é muito positivo, quer pelo crescimento da categoria, quer pelo crescimento especialmente acelerado das refeições vendidas a peso nos nossos balcões de atendimento, que foi superior a 30% em 2023. São indicadores claros de que os objetivos iniciais foram alcançados, mas que nos desafiam a continuar a trabalhar na nossa missão de fazer chegar a todos, em qualquer lugar, o melhor da nossa cozinha.
“O balanço do primeiro ano da Cozinha Continente é muito positivo, quer pelo crescimento da categoria, quer pelo crescimento especialmente acelerado das refeições vendidas a peso nos nossos balcões de atendimento, que foi superior a 30% em 2023. São indicadores claros de que os objetivos iniciais foram alcançados, mas que nos desafiam a continuar a trabalhar na nossa missão de fazer chegar a todos, em qualquer lugar, o melhor da nossa cozinha”
GC – O conceito arrancou em Vila Real. Porquê esta opção? Ao fim de um ano, foi a aposta certa no momento certo?
AA – A abertura do primeiro restaurante Cozinha Continente, em Vila Real, em 2022, foi uma decisão arrojada, que se revelou uma excelente escolha. Costumamos dizer que, se Vila Real tem tradição de boa comida, não poderíamos ter escolhido melhor local para abrir o nosso primeiro restaurante. Vila Real tem região agrícola, com uma rica tradição gastronómica, o que proporciona um ambiente propício para a promoção da comida com sabor e origem autênticos, um pressuposto que está muito alinhado com os valores centrais da marca. O sucesso foi tal que serviu como ponto de partida para rapidamente acelerar a expansão da marca a todo o país em todos os seus formatos: take-away e restaurante.
GC – Quantos espaços de restauração existem ao dia de hoje? Há perspetivas de novas aberturas para 2024?
AA – Atualmente, existem quatro restaurantes Cozinha Continente localizados em Vila Real, Viseu, Telheiras e Amadora, em Lisboa. Temos perspetivas de duas novas aberturas para este ano, uma a norte e outra a sul, seguindo o plano de expansão dos restaurantes Cozinha Continente.
GC – Como caracteriza o desempenho dos restaurantes em 2023? Foi ao encontro do que tinham previsto?
AA – O desempenho dos restaurantes, em 2023, foi bastante positivo, refletindo uma trajetória de sucesso e crescimento para a marca neste sector de restauração. Em 2023, servimos mais de 330 mil refeições, nos quatro restaurantes, e tanto a procura como o feedback dos clientes têm sido fantásticos, o que demonstra um desempenho sólido e uma resposta favorável.
Este desempenho tem ainda mais impacto quando consideramos o contexto competitivo do sector de restauração. A marca Cozinha Continente conseguiu destacar-se e atrair um número substancial de clientes, graças à sua oferta diversificada e à qualidade das refeições oferecidas. Com mais de 100 receitas assinadas pelo chef executivo André Matos, os pratos tradicionais portugueses têm sido os grandes impulsionadores das vendas, incluindo o Bife à Portuguesa, o Arroz de Pato e o Bacalhau à Brás. Este sucesso é indicativo da capacidade da marca em conquistar o paladar dos clientes, oferecendo-lhes uma experiência gastronómica autêntica, que pode mais tarde levar para casa ao comprar a peso ou em embalagens individuais e familiares nos nossos balcões e áreas de take-away dentro das lojas Continente.
“A marca Cozinha Continente conseguiu destacar-se e atrair um número substancial de clientes, graças à sua oferta diversificada e à qualidade das refeições oferecidas. Com mais de 100 receitas assinadas pelo chef executivo André Matos, os pratos tradicionais portugueses têm sido os grandes impulsionadores das vendas, incluindo o Bife à Portuguesa, o Arroz de Pato e o Bacalhau à Brás. Este sucesso é indicativo da capacidade da marca em conquistar o paladar dos clientes, oferecendo-lhes uma experiência gastronómica autêntica, que pode mais tarde levar para casa ao comprar a peso ou em embalagens individuais e familiares nos nossos balcões e áreas de take-away dentro das lojas Continente”
GC – A Cozinha Continente nasceu com estes espaços, que materializam o conceito, mas não se resume aos mesmos. Que visão tem o Continente das refeições prontas?
AA – A procura crescente por refeições prontas de qualidade reflete uma mudança nos estilos de vida dos consumidores, que procuram cada vez mais soluções rápidas e convenientes sem comprometer a qualidade. O Continente tem uma grande ambição em relação às refeições prontas e a marca Cozinha Continente é a materialização dessa ambição. É a nossa marca de refeições prontas a comer, para levar ou encomendar, e a chegada da Cozinha Continente a todos os balcões e áreas de take-away das lojas Continente, que aconteceu a 19 de março de 2023, representou precisamente um primeiro passo nesta nossa ambição de ser a referência na democratização da boa comida.
O nosso foco é a qualidade e conveniência que entregamos com cada refeição que fazemos chegar a casa dos clientes. É por essa razão que, num trabalho conjunto entre chefs e nutricionistas, nos focamos por garantir o respeito pela origem e tradição das receitas e qualidade intrínseca das refeições. Enquanto os nossos chefs procuram desenvolver refeições autênticas e saborosas, com os melhores ingredientes e métodos de confeção, os nossos nutricionistas garantem a sua qualidade nutricional, garantindo que não há adição de intensificadores de sabor, aromas artificiais, conservantes e outros aditivos com potencial negativo para a saúde. Ao mesmo tempo, procuramos garantir a qualidade percebida e a consistência das refeições, testando-as regularmente em painéis sensoriais compostos por consumidores e especialistas.
Estes são os princípios fundamentais que sustentam todo o desenvolvimento que é feito na Cozinha Continente e que representam a nossa visão no que diz respeito às refeições prontas. A qualidade assume um papel preponderante, mas também a inovação e variedade de escolha assumem um fator diferenciador no fortalecimento da nossa proposta de valor. A Cozinha Continente vem precisamente reforçar esta nossa aposta na democratização da comida bem feita, acompanhando as alterações de estilo de vida dos consumidores.
GC – Têm conseguido trazer a mesma experiência dos restaurantes, do ponto de vista sensorial, para os balcões de atendimento e para o livre serviço?
AA – Sendo a Cozinha Continente uma marca que se inspira no melhor da nossa gastronomia para oferecer comida pronta de qualidade, como se fosse feita em casa, de forma prática e conveniente e preços acessíveis, o nosso objetivo será sempre garantir toda a qualidade das nossas refeições, independentemente do local onde sejam compradas ou consumidas, seja ao pedir para levar as refeições a peso nos balcões de atendimento, ao levar para casa as refeições embaladas dos lineares de livre serviço ou a degustá-las no conforto dos nossos restaurantes. Os nossos restaurantes são espaços agradáveis, onde os nossos clientes podem ter uma experiência autêntica e completa que representa a qualidade que ambicionamos entregar com as nossas refeições, e que será semelhante à que pode ser experienciada através dos nossos balcões de atendimento e livre serviço.
De forma a proporcionar uma experiência gastronómica consistente e semelhante em todos estes canais, os nossos chefs, liderados pelo nosso chef executivo, André Matos, trabalham diariamente para garantir a consistência nesta entrega, na qualidade e no respeito pela origem e tradição da nossa comida.
GC – Já se nota a influência de todo este conceito nas vendas do negócio de take-away? Como correram as vendas, em 2023? Quais as categorias que as alavancaram?
AA – A influência do conceito da Cozinha Continente nas vendas do negócio de take-away tem sido muito positiva. Em 2023, as vendas em take-away da MC representaram um crescimento notável de 8% em comparação com o ano anterior. Este crescimento foi especialmente acelerado nas refeições vendidas nos nossos balcões de atendimento, que registaram um crescimento superior a 30%, fruto do trabalho que foi feito na melhoria das receitas, com grande foco na sua qualidade intrínseca. Este crescimento reflete a resposta positiva dos consumidores à nossa aposta na comida pronta de qualidade, tendo vindo a fortalecer a categoria de take-away da MC.
“A influência do conceito da Cozinha Continente nas vendas do negócio de take-away tem sido muito positiva. Em 2023, as vendas em take-away da MC representaram um crescimento notável de 8% em comparação com o ano anterior. Este crescimento foi especialmente acelerado nas refeições vendidas nos nossos balcões de atendimento, que registaram um crescimento superior a 30%, fruto do trabalho que foi feito na melhoria das receitas, com grande foco na sua qualidade intrínseca”
GC – Ao longo destes 12 meses de desenvolvimento, já houve a necessidade de “afinar” o conceito?
AA – Trabalhamos diariamente para garantir a qualidade das nossas refeições e o trabalho de melhoria das nossas receitas não se esgotou no momento de lançamento da Cozinha Continente, em março de 2023. É um trabalho contínuo de melhoria das receitas, dos métodos de confeção e dos processos, que é assegurado pelos nossos chefs e nutricionistas e trabalhado regularmente através de testes sensoriais da nossa comida.
GC – Onde foi o Continente buscar as competências gastronómicas para alicerçar todo este projeto?
AA – Da necessidade de qualificar a nossa oferta de comida pronta, dando-lhe um espaço e identidade próprios, nasceu a Cozinha Continente. No entanto, não fazia sentido fazê-lo sem reforçar as nossas competências e o chef André Matos, chef executivo da Cozinha Continente, é responsável, em conjunto com a sua equipa, por garantir que as refeições da Cozinha Continente sejam confecionadas de acordo com os mais elevados padrões de qualidade, respeitando a origem e a tradição dos pratos. A sua assinatura em cada receita é um selo de garantia de qualidade e autenticidade, transmitindo aos clientes a confiança de que estão a consumir refeições preparadas por especialistas. O chef André Matos demonstra enorme valorização das raízes culinárias do país e uma missão de proporcionar uma experiência gastronómica autêntica e acessível a todos os clientes do Continente.
GC – Quantas receitas são hoje propostas pela Cozinha Continente? Vão lançar novas receitas em 2024?
AA – Temos, na Cozinha Continente, mais de 150 receitas, abrangendo uma vasta gama de opções, desde as refeições mais tradicionais da cozinha portuguesa até às sopas, salgados, assados, sandes e saladas. Esta oferta diversificada visa proporcionar aos clientes uma grande variedade de escolha nas refeições prontas a comer. Este é também um dos nossos compromissos e, para 2024, contamos continuar a disponibilizar novas receitas e novos formatos de compra aos nossos clientes.
GC – Tem havido uma preocupação na adaptação, ou na criação, de receitas apropriadas a outros regimes alimentares, como o vegan e o vegetarianismo?
AA – Sim, apesar da Cozinha Continente ter na sua origem a tradição gastronómica portuguesa, temos sempre presente a preocupação de adaptar a nossa oferta a diferentes estilos de vida e regimes alimentares. Seja pela disponibilização de alternativas mais equilibradas, como as sopas, as refeições a vapor ou as saladas, seja na oferta de alternativas vegetarianas, como é o caso do Estufado de Grão com Tofu, os Legumes à Brás ou os Noodles de Legumes ao vapor.
A disponibilização destas opções não só demonstra um compromisso com a promoção de estilos de vida mais saudáveis e sustentáveis, como também amplia o leque de escolhas disponíveis para os clientes, garantindo que todos possam desfrutar de refeições deliciosas e nutritivas, independentemente das suas preferências alimentares.
GC – E a soluções mais de conveniência, como o “grab and go”?
AA – A nossa oferta contempla já inúmeras soluções Grab&Go, para dar respostas à crescente procura dos consumidores por esta tipologia de produto, sejam elas a frio, como as sandes, wraps ou saladas, ou a quente, como a bifana, o hambúrguer no pão, os salgados e até o frango assado, sempre quentes e prontos a comer. É um segmento muito relevante para nós e no qual continuaremos a apostar no futuro próximo.
GC – Quanto já foi investido pelo Continente na Cozinha Continente? Para quando pode ser expectável o retorno do mesmo?
AA – O investimento que temos vindo a fazer na Cozinha Continente está diretamente ligado ao crescimento da própria categoria e muito alinhado com o desenvolvimento a que temos assistido na oferta deste tipo de soluções para fazer face às alterações de estilo de vida dos consumidores que cada vez têm menos tempo disponível e procuram soluções rápidas e convenientes.
GC – Quantos postos de trabalho foram também criados?
AA – Com a abertura dos restaurantes, foram criados mais de 100 novos postos de trabalho, considerando os quatro restaurantes Cozinha Continente que abrimos até à data, contribuindo assim para o desenvolvimento económico e social das comunidades onde se inserem.
“A meta de atingir o zero desperdício reflete o compromisso claro da Cozinha Continente em evitar o desperdício de qualquer alimento em condições de ser consumido e estamos empenhados em reduzir ao máximo este desperdício alimentar, especialmente nos processos a montante, através da melhoria dos algoritmos de aprovisionamento e da adequação das quantidades produzidas em função do potencial de vendas. Além disso, garantimos o escoamento dos excedentes através de doações promovidas pela Missão Continente, evitando o desperdício de produtos que estejam em condições de serem consumidos”
De que modo têm endereçado as questões do desperdício alimentar?
AA – Esta é uma cozinha de hoje, mas que se preocupa com o amanhã e, por essa razão, temos vindo a implementar este conjunto de iniciativas que visam promover a sustentabilidade do negócio e de toda a cadeia de valor. Temos adotado na Cozinha Continente várias medidas para endereçar as questões do desperdício alimentar, demonstrando um compromisso sério com a sustentabilidade e a responsabilidade social.
Reconhecemos que o desperdício alimentar é um desafio global e estamos empenhados em desempenhar um papel ativo na sua redução, assumindo um papel fundamental no sentido de incentivar consumidores, colaboradores e fornecedores a contribuírem ativamente neste compromisso que é responsabilidade de todos.
A meta de atingir o zero desperdício reflete o compromisso claro da Cozinha Continente em evitar o desperdício de qualquer alimento em condições de ser consumido e estamos empenhados em reduzir ao máximo este desperdício alimentar, especialmente nos processos a montante, através da melhoria dos algoritmos de aprovisionamento e da adequação das quantidades produzidas em função do potencial de vendas. Além disso, garantimos o escoamento dos excedentes através de doações promovidas pela Missão Continente, evitando o desperdício de produtos que estejam em condições de serem consumidos.
GC – Uma análise recente da Kantar dá conta da boa evolução da categoria de comida pronta em 2023. A pressão inflacionista tem também sido sentida nestas soluções de comida pronta? Ou estas têm sido relativamente imunes?
AA – É importante reconhecer que a pressão inflacionista pode afetar diversos sectores. No entanto, temos sentido que as soluções de comida pronta têm sido relativamente resistentes a essa pressão. Isto pode dever-se, sobretudo, à contínua procura do consumidor por conveniência e praticidade na alimentação, que tem resultado num crescimento extremamente positivo da categoria e muito alinhado com a nossa ambição de ser a referência na democratização da boa comida.
“A presença de comida pronta de qualidade nas lojas também pode potenciar o ‘cross-selling’ de outras categorias de produtos. Quando os consumidores entram numa loja para adquirir comida pronta, podem ser incentivados a explorar outras secções e comprar outros produtos, como frescos, bebidas ou sobremesas, através de estratégias de merchandising eficazes e promoções cruzadas. A comida pronta não só atrai os consumidores para a loja, como também pode impulsionar as vendas de outras categorias de produtos, contribuindo para o aumento do volume de vendas e a maximização do valor do carrinho de compras”
GC – Esta mesma análise faz uma analogia com a área dos frescos, destacando a forte interdependência do crescimento destes com a quota total em FMCG dos retalhistas, chegando a apelidar a comida pronta dos “novos frescos”. Concorda com esta analogia? Pode a comida pronta ser cada vez mais um fator decisivo na escolha de uma loja e, uma vez o cliente lá dentro, potenciar a compra de outras categorias, até via “cross-selling”?
AA – A crescente popularidade e a procura por comida pronta de qualidade, como a oferecida pela Cozinha Continente, podem, de facto, influenciar a escolha de uma loja pelos consumidores. Especialmente num contexto económico desafiante, combinado com a crescente procura por soluções de comida pronta, em detrimento da compra de ingredientes para confecionar as receitas em casa, que acontece quer porque os clientes não querem ou não gostam de cozinhar, quer porque não têm tempo para o fazer.
Se uma loja oferece comida pronta de qualidade, os consumidores podem ser mais propensos a visitá-la, especialmente quando estão à procura de soluções rápidas e práticas para as suas refeições e que respondam às suas necessidades do dia-a-dia.
A presença de comida pronta de qualidade nas lojas também pode potenciar o “cross-selling” de outras categorias de produtos. Quando os consumidores entram numa loja para adquirir comida pronta, podem ser incentivados a explorar outras secções e comprar outros produtos, como frescos, bebidas ou sobremesas, através de estratégias de merchandising eficazes e promoções cruzadas. A comida pronta não só atrai os consumidores para a loja, como também pode impulsionar as vendas de outras categorias de produtos, contribuindo para o aumento do volume de vendas e a maximização do valor do carrinho de compras. Analisando o comportamento de compra dos nossos clientes, conseguimos perceber que os clientes que compram soluções de comida compram são extremamente relevantes para as nossas lojas.
GC – Com este conceito, consideram-se concorrentes diretos aos canais Horeca e de Impulso?
AA – Compreendemos a importância dos canais Horeca e de Impulso no mercado, no entanto, no Continente, queremos oferecer uma experiência única e diferenciadora aos nossos clientes. O nosso foco está em oferecer refeições com alta qualidade, conveniência e um ambiente acolhedor para os consumidores que pretendem desfrutar de uma pausa para a sua refeição. Os nossos restaurantes posicionam-se como uma montra de qualidade da nossa comida, que pode ser mais tarde adquirida nos balcões e áreas de take-away para levar para casa e comer mais tarde.
GC – O que seria um bom segundo ano para a Cozinha Continente?
AA – Um bom segundo ano para a Cozinha Continente seria caracterizado por uma continuação do crescimento robusto que a marca tem experimentado desde o seu lançamento. Considerando a perspetiva de um crescimento na ordem dos dois dígitos nas vendas de take-away em 2024, estamos confiantes na nossa proposta de valor e otimistas quanto ao atingimento desses resultados.
Além do crescimento das vendas, seria importante que a Cozinha Continente continuasse a expandir a sua presença, tanto geograficamente como em termos de oferta de produtos e serviços, com o reforço do nosso espaço em loja, com o lançamento de novas linhas de produtos que atendam às necessidades e preferências dos consumidores e com a expansão dos nossos restaurantes, em locais estratégicos.