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As carteiras digitais estão prestes a tornar-se o principal meio de pagamento a nível global. Um novo estudo da consultora Juniper Research prevê que o número de utilizadores destas plataformas aumente 35% nos próximos cinco anos, passando dos atuais 4,4 mil milhões em 2025 para mais de 6 mil milhões em 2030.
De acordo com o relatório Digital Wallets Market 2025-2030, este crescimento acontece num mercado cada vez mais competitivo, onde a diferenciação através de funcionalidades de valor acrescentado — como Buy Now, Pay Later (BNPL), cartões virtuais e identidade digital — será essencial para atrair novos utilizadores.
O estudo sublinha que as plataformas de carteiras digitais devem oferecer flexibilidade integrada tanto em tipos de carteira (valor armazenado, staged, criptomoedas, etc.) como em tipos de pagamento (cartões, pagamentos Account-to-Account – A2A, entre outros). Esta capacidade de integração será crucial para responder às necessidades de fornecedores e utilizadores que procuram soluções de pagamento cada vez mais diversificadas.
Programas de recompensas impulsionam adoção
Um dos fatores mais influentes na adoção de carteiras digitais é a presença de programas de recompensas e fidelização. Em mercados já estabelecidos, benefícios como cashback, pontos de recompensa e ofertas exclusivas incentivam o uso de carteiras específicas, ao mesmo tempo que geram vantagens para os comerciantes, através de maior volume de gastos e redução de taxas de transação.
Segundo Thomas Wilson, analista de investigação da Juniper Research, “alterar comportamentos de utilização de cartão, especialmente quando estão profundamente enraizados, requer incentivos. À medida que o mercado de carteiras digitais se torna mais competitivo, a diferenciação através de recompensas e outras funcionalidades, como gamificação ou características de superaplicação, será essencial para o sucesso”.
Oportunidades nos mercados emergentes
Enquanto os programas de recompensas ajudam as carteiras digitais a competir em economias desenvolvidas, as plataformas também devem focar-se nos mercados emergentes, onde uma grande parte da população ainda está sub-bancarizada.
À medida que os serviços mobile de dinheiro evoluem para oferecer funcionalidades semelhantes às bancárias, “as plataformas de carteiras digitais precisarão de acompanhar essa transformação e disponibilizar serviços mais avançados, sob pena de perderem quota de mercado para instituições financeiras tradicionais“, refere a Juniper Research em comunicado.




