O stock de bicicletas esgotou em Portugal, no final de julho passado, graças a uma procura desenfreada dos portugueses por aquele produto, que cresceu 500% depois do desconfinamento, revelou o KuantoKusta, após uma análise sobre a procura/aquisição deste tipo de veículo entre maio e final de julho.
A causa principal é o medo de contágio por Covid-19, mas também uma das opções preferidas para os portugueses manterem a forma física e evitarem os ginásios. “Acreditamos que estamos perante um produto com novos adeptos e que, em si, mobiliza novas atitudes, sobretudo pelas suas características ecológicas e saudáveis”, afirma Paulo Pimenta, CEO do KuantoKusta.
Nova tendência nos meios de transporte
A análise dita uma nova tendência em termos de preferência de meios de transporte, e esta procura revela que a bicicleta não é só uma forma de deslocação mais segura, como também é uma alternativa para todos que querem evitar recintos fechados para a prática de desporto.
A análise informa ainda que as bicicletas modelos BTT (todo-o-terreno), versáteis e adaptadas à rodagem em todo o tipo de pisos, são as mais procuradas por clientes do sexo masculino, do grupo etário entre os 25 e 44 anos, e confirma que a tendência veio para ficar. “A procura continuará em alta nos próximos meses, havendo um abrandamento nos meses de inverno. Mas o surgimento de iniciativas públicas para fomentar este tipo de deslocação mostra que a procura continuará elevada”, antecipa o mesmo responsável.
Incentivos
Em França, o Governo criou um fundo que prevê subsídio de reparo de bicicletas antigas e um financiamento para aquisição de bicicletas elétricas novas.
No Reino Unido e em Itália, as autoridades estão a criar quilómetros e quilómetros de ciclovias.
Em Portugal, a Câmara de Lisboa promove incentivos para compra de bicicletas de diversas categorias e o país mantém-se no ranking de segundo maior exportador do produto na Europa. “Há uma procura bastante elevada por este tipo de produto e a oferta escasseia. É expectável que a oferta aumente nas próximas semanas, uma vez que a produção nas principais fábricas da área começa a dar respostas aos pedidos”, conclui Paulo Pimenta.