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83% mostra interesse em fazer compras através do metaverso

Foto Shutterstock

O uso crescente de tecnologias imersivas, como a realidade aumentada e virtual, estimulará as empresas direcionadas ao consumidor, como as do retalho, dos bens de consumo e das viagens, a aumentarem o investimento em novas capacidades e experiências, para misturar os mundos físico e virtual. Se não o fizerem, correm o risco de ficar para trás, de acordo com as conclusões de um inquérito recente da Accenture.

O estudo, realizado junto de mais de 11 mil consumidores em 16 países, concluiu que, embora quase dois terços (64%) dos consumidores já tivessem comprado um bem virtual ou participado numa experiência ou serviço virtual no ano passado, esse número deverá aumentar, uma vez que 83% mostra interesse em fazer compras através do metaverso.

Além disso, 42% dos inquiridos disse ter visitado um retalhista no mundo virtual para obter conselhos, fazer um pagamento ou conhecer uma gama de produtos quando compra um bem físico, enquanto 56% planeia fazê-lo no próximo ano. Entre os Millennials, estes números aumentam para 51% e 61%, respetivamente.

 

Metaverso

De acordo com o estudo “Meet Me in the Metaverse: The Continuum of Technology and Experience Reshaping Business”, mais de metade (55%) dos consumidores concorda que mais aspetos das suas vidas e meios de subsistência estão a mudar-se para espaços digitais.

Em resposta, a grande maioria (90%) dos executivos de retalho antecipa que as organizações vão empurrar as fronteiras do mundo virtual para torná-lo mais real, aumentando a necessidade de persistência e navegação perfeita entre os mundos digital e físico. Além disso, 72% afirma que o metaverso terá um impacto positivo nas suas organizações, com 45% a acreditar que será um avanço ou transformação.

A era do metaverso começou e, por isso, para as empresas direcionadas ao consumidor, não se trata de decidir se vão entrar no metaverso, é decidir como“, indica Jill Standish, diretora geral sénior e responsável global da área de retalho da Accenture. “Os retalhistas e as marcas terão de reimaginar e experimentar o que novas experiências imersivas e consultivas podem significar para os consumidores. Além de novas oportunidades de venda, o metaverso também pode ajudar a construir a fidelidade através de experiências que vão além de apenas comprar um produto. Por exemplo, os retalhistas podem criar uma experiência personalizada, oferecendo um evento de compras ao vivo, onde os clientes podem sentar-se ao lado de um embaixador da marca e, depois, imediatamente podem entrar num camarim virtual onde podem experimentar algo, adicioná-lo ao carrinho e fazer o checkout“.

 

Experiências

O inquérito concluiu ainda que metade (50%) dos consumidores está a comprar, ou está interessado em comprar, uma experiência de viagem, como um passeio turístico ou uma estadia no hotel. Este número sobe para 55% dos Millennials, contra 29% dos Baby Boomers. Para lazer, 54% dos consumidores está a comprar, ou interessado em comprar, bilhetes para um concerto, um espetáculo ou evento desportivo a decorrer num mundo virtual.

É importante reconhecer que o metaverso não se destina a substituir as viagens físicas, mas sim proporcionar uma melhoria complementar a uma experiência abrangente que, com o tempo, pode tornar-se uma parte essencial do ecossistema de viagens. Dar a opção de sentar-se num assento virtual de primeira classe, experimentar o lounge ou passear em torno de um resort ou quarto de hotel abre oportunidades para, realmente, envolver e inspirar as pessoas antes de viajar. E, através disto, recriando marcos importantes ou permitindo que os viajantes investiguem partes da natureza que não podem explorar na interação real, o metaverso também pode ajudar a criar uma experiência mais significativa que cumpra, ou mesmo exceda, as expectativas dos clientes“, defende Emily Weiss, diretora geral sénior e responsável global da área de viagens da Accenture.

 

Aplicações comerciais

Num mundo em que o digital se tornou tão importante, as empresas são desafiadas a criar, moldar e comercializar produtos, serviços e experiências que podem mover-se entre o mundo físico e virtual. E precisam de o fazer, coordenando uma rede de especialistas, competências e tecnologias. Embora as aplicações comerciais do metaverso ainda estejam na sua fase inicial, vão desenvolver-se rapidamente. “As marcas de consumo bem-sucedidas serão aquelas que colaboram com os consumidores e o ecossistema do metaverso para criar produtos e serviços digitais que atendam rapidamente a estas necessidades emergentes“, defende Oliver Wright, diretor geral sénior e responsável global da área de bens e serviços de consumo da Accenture.

Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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