Três em cada quatro pessoas em todo o mundo querem que os plásticos de uso único sejam banidos o mais rapidamente possível, segundo uma sondagem realizada pela Ipsos em 28 países.
A percentagem de pessoas que pedem proibições cresceu dos 71% registados em 2019, enquanto as que dizem favorecer os produtos com menos embalagens de plástico subiram de 75% para 82%.
Tratado sobre os resíduos plásticos
Os ativistas dizem que os resultados enviam uma mensagem clara aos governos que se irão reunir em Nairobi no próximo dia 28, para avançar com um ambicioso tratado para combater os resíduos de plástico, um acordo que está a ser apontado como o pacto ambiental mais importante desde o Acordo de Paris sobre alterações climáticas, em 2015.
Quase 90% dos inquiridos disse apoiar um tratado, mas resta saber se tal acordo se centrará na recolha e reciclagem de resíduos ou se tomará medidas mais radicais, como a redução da produção e da utilização de plásticos descartáveis.
Se as Nações Unidas não chegarem a acordo sobre um acordo para travar a poluição por plásticos, haverá danos ecológicos generalizados nas próximas décadas, colocando algumas espécies marinhas em risco de extinção e destruindo ecossistemas sensíveis, como recifes de coral, segundo um estudo da WWF.
É provável que leve, pelo menos, dois anos para se finalizar qualquer tratado, mas o que for acordado na conferência de Nairobi, que decorrerá de 28 de fevereiro a 2 de março, determinará os seus elementos-chave.
Proibição do plástico
O maior apoio à proibição de plástico de uso único na sondagem provém de países como a Colômbia, o México e a Índia, que estão a lidar com uma acentuada crise de resíduos.
A sondagem da Ipsos mostra, ainda, que 85% dos inquiridos, a nível global, quer que os fabricantes e retalhistas sejam responsabilizados pela redução, reutilização e reciclagem de embalagens de plástico, acima dos 80% registados anteriormente.