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6 milhões de cartões de débito roubados encontrados na dark web e mais de 8 mil são de Portugal

A pesquisa NordVPN mais recente analisou seis milhões de cartões de débito roubados na dark web. Dois em cada três cartões vinham acompanhados de, pelo menos, alguma informação privada, tal como morada, número de telemóvel, endereço de e-mail ou NISS.

Um total de 8.288 cartões analisados pertencem a portugueses, fazendo com que Portugal seja o nono país europeu mais afetado. Os investigadores estimam que o preço médio de cartões portugueses na dark web seja de 10,1 euros (média global é de 6,37 euros).

Os cartões de débito portugueses são propensos a fraudes, Segundo o índice de risco de fraude de cartão da NordVPN, o risco de fraude dos cartões é de 0,51 numa escala de 0 a 1.

Os cartões que os investigadores encontraram são apenas a ponta do icebergue. A informação vendida com estes cartões faz com que tudo seja mais perigoso“, diz Adrianus Warmenhoven, um especialista em cibersegurança da NordVPN. “No passado, as fraudes de cartão de débito estavam associadas a ataques de força bruta—quando um criminoso tenta adivinhar o número e CVV de um cartão de débito para o usar. Contudo, a maioria dos cartões que encontrámos estava acompanhada do e-mail e morada das vítimas, informação impossível de obter por meio de força bruta. Podemos, assim, concluir que foram roubados por via de métodos mais sofisticados, como phishing ou malware“.

 

Usurpação de identidade por fraude de cartão de débito

Se vendessem toda a base de dados analisada na pesquisa, os cibercriminosos poderiam fazer um total 16,8 milhões de euros. Caso adquiridos, estes cartões renderiam aos criminosos muito mais do que o valor investido. 6.414 dos cartões de débito à venda incluíam as moradas dos seus donos, e quase seis mil vinham com o número de telemóvel.

Se uma brecha de informação ou ataque informático expõe detalhes dos cartões dos utilizadores, pode dar origem a usurpação de identidade. Assim que o criminoso obtiver o nome, a morada e o endereço de e-mail da vítima, pode mesmo abusar de métodos legais (como usar o GDPR para aceder a ainda mais informações pessoais) para desenvolver o esquema de usurpo de identidade ou outras práticas criminosas.

 

Reino Unido é o país mais afetado da Europa

O Reino Unido foi afetado com o roubo de 164.143 cartões de débito, sendo, assim, o terceiro país mais afetado do mundo e o primeiro da Europa. França foi o segundo país mais afetado da Europa e o mais afetado da União Europeia, com quase 100 mil cartões de débito roubados.

Com base nas suas descobertas, os investigadores da NordVPN calcularam o risco por fraude de cartão e outros ciberataques em 98 países. Malta, Austrália e  Nova Zelândia surgem no topo, sendo que Portugal é o 46.º

No outro lado do espectro, a Rússia tem o risco mais baixo e a China é o terceiro país a contar do fim. Estas descobertas parecem confirmar teses relativas às localizações de operações de cibercrime em larga escala e ao “targeting” propositado de países anglo-europeus.

 

58,1% dos cartões roubados emitido nos Estados Unidos

Mais de metade dos seis milhões de cartões roubados que foram analisados vieram dos Estados Unidos, muito provavelmente, pela sua taxa de penetração de cartões, população numerosa e forte economia.

Contudo, os cartões americanos roubados contavam com um preço relativamente baixo (6,24 euros, menos do que a média global de 6,37 euros) nos mercados da dark web. Os cartões mais valiosos (com uma média de 10,50 euros) eram da Dinamarca.

 

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