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46% dos portugueses disposto a tornar as suas compras diárias mais sustentáveis

Quando se trata de dar prioridade à sustentabilidade ambiental, segundo o estudo Observador Cetelem Consumo Sustentável 2022, quase metade dos portugueses inquiridos procura fazê-lo nas compras relacionadas com as despesas diárias e mercearia (46%). Analisando as respostas por faixa etária, conclui-se que são os inquiridos dos 18 aos 44 anos os que estão mais dispostos a tornar as suas compras diárias mais sustentáveis (média de 51%), assim como os residentes nas áreas metropolitanas do Porto (54%) e de Lisboa (50%).

Já 31% dos entrevistados dá mais prioridade à sustentabilidade na compra de grandes e pequenos eletrodomésticos, sendo visível uma discrepância na primazia dada pelos inquiridos do Centro, em que apenas 15% diz dar prioridade à sustentabilidade nesta categoria, e os inquiridos das regiões Norte e Sul (36%, respetivamente).

Relativamente à priorização da sustentabilidade no que toca à mobilidade, por exemplo, através da escolha de veículos elétricos ou híbridos, 22% dos portugueses inquiridos diz fazê-lo, principalmente, os mais novos (28%), com os inquiridos dos 65 aos 74 anos a admitirem que a sustentabilidade não é, de todo, uma prioridade para eles nesta categoria (68%).

Já 21% dos portugueses dá prioridade à sustentabilidade nos investimentos a longo prazo, como remodelações, colocação de painéis solares, entre outros, observando-se uma diferença significativa entre as opiniões dos inquiridos que residem na zona do Porto (39%) e aqueles que residem na zona de Lisboa (7%).

 

Principais barreiras para o consumo sustentável

Apesar de serem muitas as pessoas que tencionam adotar um consumo mais sustentável, existem ainda algumas barreiras que não possibilitam essa transição imediata. O estudo Observador Cetelem Consumo Sustentável revela isso mesmo ao concluir que a grande barreira à compra de produtos sustentáveis é o preço. Isto é unânime, em todas as categorias: na mobilidade (67%), nos grandes e pequenos eletrodomésticos (66%), nos investimentos a longo prazo (65%) e nas despesas diárias e de mercearia (62%).

Contudo, existem algumas exceções. Por exemplo, em produtos sustentáveis mais dispendiosos, o possível retorno futuro que estes possam ter é o principal motivador de compra deste tipo de produtos (42%). Já 29% dos inquiridos indica que o seu principal motivador de compra de produtos ambientalmente mais sustentáveis é o facto de o produto ser um investimento a longo prazo e 21% menciona o facto de poder ter apoio financeiro para a sua aquisição.

Por Bárbara Sousa

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