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42% dos portugueses recorreu aos pagamentos fracionados em 2021

Os portugueses são os mais pessimistas em relação aos efeitos da inflação e foram os que mais utilizaram os pagamentos fracionados, em 2021, revela a Oney, que analisou uma amostra representativa das populações francesa, espanhola e portuguesa, em parceria com a Harris Interactive.

A gestão orçamental está a tornar-se uma prioridade e os pagamentos fracionados (BNPL, que significa Buy Now Pay Later), agora firmemente estabelecidos nos hábitos de consumo, veem aumentada a sua popularidade, enquanto instrumento de apoio ao consumo e à gestão de orçamentos pessoais.

38% dos europeus inquiridos acredita que o seu poder de compra, diminuiu ao
longo do último ano, e 73% acredita que o conflito na Ucrânia irá afetar a sua capacidade de consumo, com 75% a estar mais atento ao seu orçamento do que no ano passado. Metade dos utilizadores de pagamentos fracionados espera utilizá-los com maior frequência, em 2022, e 75% das pessoas inquiridas acreditam que o pagamento em prestações lhes permite
continuar a comprar evitando o saldo negativo

 

44% dos europeus será mais poupado

No início deste ano, os consumidores dos três países inquiridos partilharam uma opinião semelhante: o seu poder de compra não irá aumentar este ano. De facto, mais de um terço (38%) pensa que será mais fraco do que no ano passado.

No entanto, dos três países em análise, são os portugueses os que menos expressam este sentimento (apenas 32%), enquanto 37% dos espanhóis e 44% dos franceses fazem esta leitura da sua realidade.

Os consumidores dos três países inquiridos antecipam uma redução das suas despesas nos próximos meses: 44% define-se a si próprio como parcimonioso na hora de gastar.

Esta tendência reflete-se no comportamento dos inquiridos: em geral, 92% diz que irá procurar mais descontos e promoções, enquanto 87% planeia cortar nos gastos supérfluos. Portugal segue a linha europeia, com uma percentagem de 94% e 93%, respetivamente, a afirmar que estes serão os métodos preferenciais para um melhor controlo das suas finanças pessoais.

O conflito russo-ucraniano parece estar a intensificar esta maior preocupação com a poupança, o que se pode explicar com a expectativa de que a inflação se reflita num aumento significativo dos preços. Quase três quartos (73%) dos inquiridos receia que a parte do seu orçamento alocada às despesas com bens de consumo aumente nos próximos meses. Esta visão pessimista é especialmente sentida pelos portugueses, com 84% a prever que a guerra se reflita num aumento nos seus gastos.

 

Orçamentação tornou-se uma prioridade para os europeus

Embora 75% dos inquiridos nos três países afirme ter estado mais atentos à orçamentação, durante os últimos 12 meses, 40% continua a admitir que enfrenta regularmente situações de conta a descoberto, no final do mês, 12% dos quais todos os meses, na sua maioria por um montante igual ou inferior a 200 euros.

Para lidar com esta situação, os consumidores estão à procura de novas soluções. 63% dos europeus inquiridos diz que comprar produtos em segunda mão ou recondicionados ou utilizar um comparador de preços online são novas formas de controlar o seu orçamento.

 

Pagamentos fracionados

O pagamento em prestações está também a tornar-se uma forma popular de melhor controlar o orçamento para 42% dos consumidores nos três países: 49% em França, 42% em Espanha e 36% em Portugal.

Além disso, 78% afirma que utiliza pagamentos fracionados para evitar a utilização das suas poupanças e 75% para evitar situações de descoberto.

Por último, o estudo confirma que os consumidores são atraídos pela facilidade de utilização de pagamentos fracionados: 55% utiliza-os para evitar contrair um empréstimo.

 

Buy Now Pay Later

Os pagamentos fracionados tornaram-se agora uma facilidade de pagamento regularmente utilizada: 39% dos inquiridos afirma tê-los utilizado em 2021, online e em loja, estando Portugal a liderar no número de inquiridos (42%) que afirmam ter optado por esta forma de pagamento.

Os pagamentos fracionados são particularmente populares em França, onde 85% dos consumidores que pagaram em três ou quatro prestações, em 2021, pretende utilizá-los novamente, em 2022, e 51% espera recorrer a este método de pagamento com mais frequência do que em 2021. Espera-se igualmente que os pagamentos fracionados entre cinco a 12 prestações aumentem: 73% dos europeus que responderam a este inquérito tenciona voltar a utilizá-los em 2022.

As compras relacionadas com melhorias no lar representarão uma grande proporção dos pagamentos fracionados, ao longo dos próximos meses. Viagens e saúde estarão entre as cinco principais compras, em 2022, utilizando prestações por cartão de crédito.

Entre os utilizadores inquiridos, 68% utiliza os pagamentos fracionados principalmente para compras únicas (tecnologia, eletrodomésticos, etc.), 46% para financiar projetos (viagens, renovações de casas, equipamento de saúde, etc.) e 24% para compras de prazer”(presentes, vestuário, etc.) 80% utiliza-os várias vezes por ano (mais 4% em comparação com o ano anterior).

 

Mudança na perceção

Esta tendência ascendente pode ser explicada por uma mudança na perceção: o BNPL é, agora, visto como uma facilidade de pagamento que permite o acesso a bens de maior qualidade e, consequentemente, mais sustentáveis (63%), ao mesmo tempo que evita um impacto negativo nas poupanças pessoais ou situações de conta a descoberto (76%) ao fazer uma compra inesperada ou de emergência.

Embora os pagamentos fracionados também estejam disponíveis em lojas físicas, a sua utilização é ainda mais frequente online, com 57% dos consumidores a planear utilizá-los neste contexto. Tal deve-se a um equívoco persistente entre os europeus de que esta solução não está disponível em lojas físicas e que só é disponibilizada por grandes marcas.

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