As empresas de fabrico de jogos e brinquedos têm tido um aumento considerável de faturação, ao longo dos últimos anos. De acordo com os dados fornecidos pelo Insight View, o volume de negócios do último exercício financeiro evidencia um aumento de aproximadamente 16%. No entanto, uma em cada quatro empresas apresenta um risco de incumprimento da atividade elevado.
Os dados revelam que, em Portugal, as empresas que fabricam jogos e brinquedos estão concentradas, com maior expressão, nos grandes centros urbanos: Porto (34%), Lisboa (30%), Aveiro (6%), Coimbra (6%) e Guarda (6%). Nos cinco distritos líderes do sector, a distribuição do risco apresenta algumas diferenças: Porto e Lisboa, apresentam um risco médio, tal como o distrito da Guarda, contudo Aveiro e Coimbra apresentam um “score” médio elevado.
Sector de “dimensão muito reduzida”
Segundo a mesma fonte, o “sector apresenta uma dimensão muito reduzida. Não obstante, existe uma dinâmica empresarial com algumas flutuações, sendo que 26% das empresas foi constituído há menos de cinco anos. Dentro deste conjunto, 13% foi criado no último ano, o que mostra as suas baixas barreiras à entrada e o crescente interesse no sector”.
Os fabricantes de jogos e brinquedos são, na sua totalidade, micro (81%) e pequenas empresas (19%), isto é, não existem empresas com uma média e grande dimensão.
Já os prazos médios de pagamentos a fornecedores aumentaram de 74 para 87 dias, no último exercício financeiro, tal como os prazos médios de recebimentos de clientes, que aumentaram, na mesma medida percentual, de 69 para 81 dias. Estes números demonstram que “os comportamentos destes prazos estão em sintonia e que os fabricantes de jogos e brinquedos conseguem financiar-se com o dinheiro dos seus clientes, já que recebem antes de pagar aos seus fornecedores”.
