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196 novos espaços de comércio em Lisboa

Do levantamento efetuado pela Worx, no primeiro semestre, abriram 196 novos espaços de comércio em Lisboa, com o sector de restauração a contabilizar 68% das novas aberturas e a manter a liderança no top de atividades comerciais.

Numa análise feita ao segmento de retalho, segundo a consultora imobiliária, o principal ponto a reter é a existência a cada vez mais marcante de comércio de rua e a requalificação de centro comerciais já existentes, que procuram assentar no modernismo, capaz de acompanhar as tendências e conceitos inovadores que têm surgido.

Por um lado, respeitando a requalificação dos centros comerciais, consideram-se as zonas de lazer e restauração como os principais alvos de modernização, onde se pretende criar espaços que contribuam para uma maior permanência dos consumidores no espaço comercial. Exemplo disso são as expansões e requalificações de alguns dos mais importantes centros comerciais portugueses, como o Centro Comercial Colombo, Norte Shopping, Oeiras Parque e Glicínias Plaza que irão contribuir para um aumento da oferta comercial.

Neste primeiro semestre, a Ceetrus Portugal (antiga Immochan) comprou os centros comerciais Fórum Montijo, Fórum Sintra e Sintra Retail Park ao fundo norte-americano Blackstone no valor de 411 milhões de euros, reforçando a sua liderança no mercado.

Por outro lado, relativamente ao comércio de lojas de rua, a cidade de Lisboa tem sido palco da entrada a um ritmo muito acelerado de novas lojas e conceitos.

A atividade de restauração continua a dominar o mercado de novas aberturas e, neste primeiro semestre, destaca-se a continuação da expansão das insígnias Padaria Portuguesa, Hagen Dazs, Santini, H3, Go Natural, 100 Montaditos e Subway e abertura de novos estabelecimentos pela Loja das Conservas, Amélia, a Cantina do Avillez e Jamie´s Italian.

A procura elevada de lojas de comércio de rua tem motivado o aumento de rendas, em particular na zona da Baixa e Cais do Sodré. Já o eixo da Avenida da Liberdade registou uma descida, situando-se atualmente nos 90 euros/metros quadrados/mês, justificada pela disponibilidade de espaços que não vão ao encontro do perfil de uma procura direcionada para espaços menores.

As prime rents, segundo o estudo WMarket 2018 da Worx, mantêm os mesmo valores, tanto em Lisboa como no Porto, no caso dos centros comerciais (95 euros) e retail parks (10 euros). Em relação ao comércio de rua, Lisboa apresenta-se com um valor de 130 euros enquanto que no Porto o valor é de 55 euros.

O estudo da Worx aponta como tendência o aumento do volume das vendas retalhistas e da aposta na criação de experiências cada vez mais inovadoras, como a realidade virtual, provocado pelo crescimento do comércio online.

Da mesma forma, a procura irá continuar em alta para o comércio de rua, mais uma vez com enfoque na restauração, motivada pelos resultados do turismo e pela recuperação da economia portuguesa e aumento do consumo privado. Os valores de renda prime irão manter-se em alta.

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