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18% das empresas sofreu incumprimentos significativos em 2022

58% das empresas portuguesas sente impacto do aumento dos custos financeiros no comportamento de pagamento

Foto Shutterstock

18% das empresas portuguesas confirma que sofreu incumprimentos significativos em 2022, o que representa uma deterioração de dois pontos face aos níveis de impacto da morosidade apurados há um ano.

Este é um dos dados mais relevantes da vaga de primavera do “Estudo de Gestão do Risco de Crédito em Portugal”, promovido pela Crédito y Caución e pela Iberinform, no qual participaram os gestores de mais de 300 empresas de todas as dimensões e sectores de atividade.

83% das empresas portuguesas inquiridas sente o impacto do cenário económico no risco de crédito da sua carteira comercial.

 

Fatores desestabilizadores

Uma das novidades de 2023 é a perturbação provocada pelo endurecimento das políticas monetárias dos bancos centrais: o agravamento dos custos financeiros, assinalado por 58% das empresas inquiridas, converteu-se no segundo fator mais desestabilizador do risco de crédito comercial, quando há um ano era um aspeto irrelevante.

O aumento geral da inflação (indicado por 64% das empresas) e os custos com a energia (48%) mantêm-se como os principais fatores desestabilizadores do risco de crédito, em 2023.

A evolução dos preços dos insumos é um fator crítico para a deterioração dos pagamentos e da solvência, na medida em que as empresas repercutem parte destes aumentos nas suas margens, por não os transladarem de forma direta para os seus preços finais, e enfrentam, além disso, quedas na procura por parte das famílias.

São também relevantes as tensões geopolíticas (referidas por 21% das empresas inquiridas) e os problemas na cadeia de fornecimento (17%).

Vendas

Apesar do estudo confirmar um contexto de deterioração do risco de crédito, apenas 13% do tecido produtivo português registou uma diminuição nas suas vendas, por oposição aos 79% que registou algum tipo de crescimento.

As empresas demonstram confiança que poderão manter esta dinâmica em 2023. Destaque muito positivo para os 46% das empresas que esperam que os seus níveis de faturação continuem a crescer, aos 18% que preveem que este exercício, em termos de receitas, seja pior que o anterior.

 

 

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