Os Vinhos do Tejo ultrapassaram todas as expectativas de crescimento, não obstante os contratempos causados pela pandemia de Covid-19, marco que “alimentou” praticamente todo o ano de 2020.
Em contracorrente à maioria do sector, nesta região do Centro de Portugal, a certificação de vinhos aumentou 27,72%, valor que fez catapultar para os quase 30 milhões de litros certificados, número que se contava atingir em 2023.
Certificação
De janeiro a abril, o crescimento foi de 76% (76,26%) e no primeiro semestre de 47% (47,13%). Nos primeiros seis meses do ano, a CVR Tejo certificou 15,21 milhões de litros, o que representou cerca de metade dos números atingidos no final do ano: 29,75 milhões de litros. Face a 2019, que fechou nos 23,30 milhões de litros, o aumento de certificação foi de 6,45 milhões de litros.
A quota de vinhos certificados com Indicação Geográfica Tejo ou Vinho Regional Tejo mantém-se superior à DOC do Tejo, o que seria de esperar principalmente em 2020, com o fecho de grande muitos restaurantes, bares e algumas garrafeiras (on trade ou canal Horeca) e o crescimento das vendas de vinho a registarem-se nos super e hipermercados (off trade).
Segundo Luís de Castro, presidente da Comissão Vitivinícola Regional do Tejo, “são boas notícias e que refletem o esforço coletivo dos vários ‘players’ da região. Nota para o facto de resultarem do trabalho não de um mas de vários anos em Portugal e nos mercados internacionais, onde a apetência para os Vinhos do Tejo é cada vez maior. As expectativas para 2020 eram de crescimento, mas não tão elevado; o facto de termos crescido tanto, num ano tão atípico, foi uma grande vitória”.