As vendas globais de cosméticos de cor deverão atingir os 48.300 milhões de dólares este ano, o que representa um aumento de 6% face a 2017, de acordo com uma pesquisa da Mintel, apresentada na 28.ª edição da in-cosmetics Global, que está a decorrer em Amesterdão.
A investigação perspetiva que os cinco principais mercados serão os Estados Unidos da América, o Japão, a China, o Reino Unido e a Coreia do Sul.
41% das utilizadoras de cosméticos de cor na China são influenciados pelos blogues de beleza mais famosos nas suas decisões de compra. Na Alemanha, 31% das utilizadoras de maquilhagem com idades compreendidas entre os 16 e os 24 anos fazem-no para estar na moda e 66% das britânicas da mesma faixa etária dizem que é fácil aprender novas técnicas de beleza na Internet. “O sucesso dos ‘influencers’ demonstra que as pessoas compram a personalidade e não apenas os produtos. É cada vez mais importante que as marcas tenham personalidade, mostrem os seus fundadores e contem a sua história, para que os consumidores possam identificar-se. As redes sociais proporcionam às marcas uma forma de dar acesso aos bastidores da sua cultura”, assinala Charlotte Libby, da consultora Mintel.
Relativamente à sustentabilidade, a pesquisa indica que 66% das britânicas entre os 16 e os 24 anos querem que os retalhistas lhes proporcionem mais informação sobre que produtos de beleza são ecológicos e 24% das italianas compraram maquilhagem natural ou orgânica no último ano. “A mudança na indústria de beleza para os produtos naturais e orgânicos terá um impacto único nos cosméticos de cor, o que levará a uma maior atenção à origem do produto e à qualidade dos ingredientes. Espera-se que as marcas demonstrem as suas políticas éticas e de consideração de recursos e alternativas. Os consumidores sentem-se atraídos pelas marcas que atuam responsavelmente. Tentar reduzir a pegada de carbono abordando os resíduos é uma área onde as marcas de maquilhagem podem inovar”.
Por outro lado, o estudo destaca como os Millennials procuram a transparência. 34% das jovens entre os 19 e os 35 anos preferem comprar produtos de marcas que apoiem causas sociais. “À medida que a política global fomenta mais a divisão, os consumidores querem assegurar-se que as empresas e marcas que compram estão alinhadas com os seus pontos de vista pessoais. Como resultado, um número cada vez maior de marcas está a dar a conhecer os seus pontos de vista políticos e a participar em iniciativas mais impulsionadas pela ação, como doações a instituições de caridade. Espera-se que esta tendência seja mais frequente em 2018. Em vez de, simplesmente, oferecer produtos, as marcas devem oferecer uma forma de apoiar o mundo”.
Finalmente, a pesquisa destaca que 67% das chinesas querem minimizar os passos de maquilhagem e 41% das norte-americanas estão interessadas em produtos de beleza multiusos. “À medida que aumenta a procura do consumidor por maquilhagem com benefícios para o cuidado da pele, há mais oportunidades para que as marcas desenvolvam a hibridização entre as categorias. Como parte das crescentes preocupações sobre a poluição, a maquilhagem do rosto pode atuar como outra capa de proteção. Portanto, é importante que incorpore benefícios de cuidado da pele, como a hidratação e a proteção UV. Os probióticos também têm uma oportunidade de crescimento”.
