LVMH Dior
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Vendas da LVMH caem 3% com o agravamento da procura de artigos de luxo na China

O gigante francês do luxo LVMH registou uma queda de 3% nas vendas do terceiro trimestre, superando as estimativas no seu primeiro declínio nas vendas trimestrais desde a pandemia, com a procura na China e no Japão a enfraquecer.

O maior grupo de luxo do mundo gerou 19,08 mil milhões de euros (20,8 mil milhões de dólares) em receitas nos três meses que terminaram em setembro, uma queda de 3% numa base orgânica, eliminando o efeito das moedas, aquisições e alienações, reporta a Reuters.

Este valor não corresponde à estimativa consensual de um crescimento orgânico de 2% citada pelo Barclays.

O grupo ficou “muito” aquém das expectativas, com “falhas em todos os sectores”, afirmou Luca Solca, analista da Bernstein.

 

Consumidores chineses menos confiantes

A confiança dos consumidores chineses caiu para os mínimos históricos da era de COVID-19, disse o diretor financeiro do LVMH, Jean-Jacques Guiony, numa chamada de analistas, embora tenha acrescentado que a empresa ainda acreditava no futuro do mercado.

As vendas do LVMH e um declínio maior na empresa italiana Ferragamo, pouco farão para estabilizar o mercado. “Sendo o LVMH o ‘proxy’ do sector para muitos, esta impressão causará inevitavelmente mais volatilidade a curto prazo”, afirmou Flavio Cereda, co-gestor da estratégia de investimento Luxury Brands da GAM, um fundo que detém acções em empresas de luxo.

A divisão de moda e artigos de couro, onde se encontram as marcas Louis Vuitton e Dior, registou um declínio nas vendas de 5%, bem abaixo das expectativas de consenso de crescimento de 4%, e a primeira queda para o negócio desde 2020.

A divisão de moda registou uma ligeira melhoria junto dos europeus e americanos, mas um pior desempenho junto dos chineses e japoneses”, afirmou Guiony.

A moda e os artigos de couro representam quase metade das receitas da LVMH e quase três quartos do seu lucro recorrente.

 

Vendas descem na Ásia

Na Ásia – excluindo o Japão – onde o mercado chinês tem uma quota dominante, o declínio das vendas agravou-se para 16%, contra uma queda de 14% no trimestre anterior.

A onda de consumo pós-pandemia perdeu força no ano passado e a crise imobiliária na China pesou sobre a confiança dos compradores. As esperanças de que as medidas de estímulo do governo pudessem reacender rapidamente o entusiasmo pelos produtos de gama alta ainda não se concretizaram.

No Japão, o LVMH afirmou que o crescimento abrandou drasticamente para 20%, em comparação com o aumento de 57% registado no trimestre anterior, devido a um iene mais forte.

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Por Bárbara Sousa

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