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Nem mesmo a icónica Chanel escapou à travagem brusca que se faz sentir no mercado global de luxo. A casa de moda francesa registou, em 2024, uma queda de 4,5% nas vendas, para 18,7 mil milhões de dólares (cerca de 16,5 mil milhões de euros), e uma quebra de 28,2% nos lucros, que se fixaram nos 4,5 mil milhões de dólares (aproximadamente quatro mil milhões de euros).
Este é o primeiro recuo anual da marca desde 2020, altura em que o fecho de lojas durante a pandemia teve um forte impacto, e representa um recuo significativo para uma das marcas mais sólidas da indústria do luxo.
Consumo em mudança
A Chanel aponta as causas desta quebra para um contexto económico turbulento e para mudanças profundas no comportamento dos consumidores, que estão a rever os seus padrões de consumo e a adotar uma postura mais cautelosa face à compra de artigos de luxo.
Apesar do abrandamento, a marca insiste que se mantém fiel à sua estratégia de longo prazo e que continua a investir na expansão global da sua rede de lojas, mesmo num contexto de retração generalizada entre os consumidores de alta gama.
Investimento apesar da desaceleração
A aposta na rede física, que contrasta com movimentos de retração noutros grupos de luxo, sugere que a Chanel vê a atual conjuntura como uma fase temporária e não como um abalo estrutural.