A Ebro Foods confirma a boa evolução do seu negócio após o final do terceiro trimestre. A empresa alimentar, dona de marcas como Cigala, acumulou receitas de 2.183 milhões de euros, nos primeiros nove meses do ano, o que representa um crescimento de 24,6% face ao mesmo período do ano anterior.
Um aumento que é maior na sua divisão arrozeira, que cresceu 27,2%, enquanto nas massas a melhoria foi de 18,2%. Em ambos os casos, a empresa explica que estas percentagens se devem aos aumentos de preços que tem assumido face à inflação dos custos, mas também ao bom desempenho dos volumes vendidos.
3.º trimestre
No terceiro trimestre, as vendas do grupo cresceram 22%, para os 724,4 milhões de euros. Durante esses três meses, a Ebro Foods continuou a notar uma elevada inflação dos custos das matérias-primas e energéticos, um aumento do dólar que pune as importações, mas favorece as exportações e problemas de contratação de trabalhadores na América do Norte e na Europa.
A todos estes fatores, que têm vindo a registar-se ao longo do ano, a Ebro Foods acrescenta agora a moderação na procura, após a acumulação de compras que ocorreu no início da guerra na Ucrânia, e também uma tendência para a compra de marca própria “em detrimento das marcas e produtos de fabricante, fruto de predisposição para a poupança”.
Queda nos lucros
Ao nível da rentabilidade, a empresa alimentar fechou os primeiros nove meses com um lucro líquido de 87 milhões de euros, menos 44% devido às diferenças cambiais, cujo impacto está estimado em 16 milhões, e pelos prejuízos gerados pela venda da Roland Monterrat, de 20 milhões de euros.
“Estamos perante um ano muito difícil, em que a inflação dos preços da matéria-prima, da energia e da logística e as fracas colheitas de arroz estão a aumentar significativamente os nossos custos nos últimos dois anos”, referiu a empresa na sua apresentação aos analistas.
