Unilever venda Marmite
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Unilever poderá vender marcas britânicas históricas como Marmite, Colman’s e Bovril

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A Unilever está a considerar vender marcas britânicas históricas, incluindo Marmite, Colman’s e Bovril, e a direcionar a sua atenção para os setores de beleza e bem-estar.

O gigante dos bens de consumo poderá alienar a Marmite, uma pasta de levedura centenária cujo sabor salgado e marcante é conhecido por dividir opiniões, mas manterá a Pot Noodle, segundo duas das fontes da Reuters.

O conjunto dos ativos britânicos, que inclui Colman’s e Bovril, tem receitas estimadas em cerca de 200 milhões de libras (€226,84 milhões), indicou uma das fontes.

 

Venda significativa para o novo CEO

A venda da Marmite, Colman’s e Bovril seria a maior alienação da Unilever desde que Fernando Fernandez assumiu a posição de CEO, em fevereiro, com o mandato de acelerar a estratégia de recuperação da empresa.

Este ano, a Unilever anunciou a venda da marca The Vegetarian Butcher à holandesa Vivera, em março, e da marca de cuidados pessoais Kate Somerville à Rare Beauty Brands, em outubro.

As marcas britânicas que a Unilever agora pondera vender têm reconhecimento tanto no Reino Unido como internacionalmente, e todas pertencem à empresa há pelo menos 20 anos. A fabricante inglesa de mostarda Colman’s tem mais de 200 anos e, em 2020, a produção foi transferida de Norwich para Burton-upon-Trent, Staffordshire, onde também são produzidas a Marmite e a Bovril.

 

Foco em produtos premium

Com cerca de 400 marcas em todo o mundo, a Unilever está a concentrar-se nas suas 30 principais marcas “potentes”, como a gigante dos cuidados pessoais Dove, o desodorizante Axe e a maionese Hellmann’s.

Sob a liderança de Fernandez, que antes de se tornar CFO foi presidente do negócio de Beleza & Bem-Estar, a Unilever tem apostado em produtos premium de maior margem nos setores da beleza e cuidados pessoais, áreas que alguns analistas consideram com maior potencial de crescimento.

O ex-CEO Hein Schumacher afirmou no ano passado que a Unilever procurava reduzir o seu “eclético portefólio de alimentos”, e uma fonte próxima da empresa disse à Reuters, em outubro, que estava a ponderar vender marcas alimentares não essenciais na Europa, avaliadas entre 1 e 1,5 mil milhões de dólares (€1,13 a €1,7 mil milhões).

Um marco importante nesta reorientação será a alienação do negócio de gelados da Unilever, previsto para o próximo mês, que inclui marcas como Magnum e Ben & Jerry’s.

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Por Bárbara Sousa

I am a journalist and news editor with eight years of experience in
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