A União Europeia quer tomar medidas concretas para combater a sobreprodução e o consumo excessivo de vestuário e calçado. Os regulamentos mais rigorosos fazem parte do Green Deal.
“Venda de grandes volumes de vestuário de qualidade inferior a preços baixos”, é assim que a Comissão Europeia define a “fast fashion”, fenómeno que quer combater. A Europa quer propor regulamentos mais rigorosos, ainda antes do verão. Os produtos terão de ser feitos da maior quantidade possível de fibras recicladas e estar isentos de substâncias perigosas. Devem ser mais duradouros, mais fáceis de reutilizar e reciclar. Os direitos humanos, os direitos sociais, os direitos laborais, o ambiente e o bem-estar animal devem ser respeitados em toda a cadeia de produção.
Proibição da destruição
Além disso, a União Europeia pretende garantir que os têxteis não utilizados ou devolvidos deixem de ser destruídos e que os microplásticos e as microfibras acabem na natureza o menos possível.
A Comissão Europeia pretende igualmente pôr termo ao “greenwashing”, informando melhor os consumidores e regulamentando mais as “alegações ecológicas”.
A eurodeputada Delara Burkhardt diz que é tempo de agir, porque “se permitirmos que o mercado se autorregule, deixamos as portas abertas para um modelo de fast fashion que explora as pessoas e os recursos do planeta. A União Europeia deve obrigar juridicamente os fabricantes e as grandes empresas de moda a operarem de forma mais sustentável”.
Em março do ano passado, a Comissão Europeia propôs uma estratégia europeia para os têxteis sustentáveis e circulares, transpondo o Pacto Ecológico Europeu para o sector têxtil.
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