in , , , , , ,

União Europeia assina com o Japão o maior pacto comercial da sua história

O novo tratado assinado entre a União Europeia e o Japão entrará em vigor no início de 2019 e afetará 30% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

O acordo de livre comércio, pactuado a nível político em julho, deverá agora ser aprovado no Parlamento Europeu, para, posteriormente, ser ratificado por cada um dos Estados-membros.

Após semanas de negociações, acordaram-se os detalhes sobre tarifas, serviços, indicações geográficas e os capítulos sobre cooperação e transparência nas práticas regulatórias. Por resolver fica o mecanismo de resolução de disputas entre os Estados e os investidores, tema que se manterá em aberto para futuras discussões, já que Bruxelas e Tóquio não conseguem acordar que sistema empregar. A União Europeia pede um sistema de tribunais de investimento, como o criado para o acordo com o Canadá, e o Japão prefere o antigo, que habilita as empresas a processar os Estados em tribunais privados por medidas que tenham prejudicado os seus interesses.

Jean-Claude Juncker, presidente da Comissão Europeia, e Shinzo Abe, primeiro-ministro do Japão, consideram que o acordo envia “um sinal claro ao mundo” de compromisso, para que a economia mundial funcione com mercados “abertos, livres e justos” e lutando contra a tendência do protecionismo. “A conclusão das negociações demonstra a poderosa vontade política da União Europeia e do Japão para continuar a hastear a bandeira do livre comércio”, indicaram ambos os mandatários num comunicado conjunto.

Este acordo une dois parceiros que representam 40% do comércio e 30% do PIB mundial e é o maior pacto comercial alguma vez negociado pela União Europeia. Uma vez em vigor, permitirá liberalizar 91% das importações de produtos da União Europeia para o Japão e até 99% quando for aplicado na sua plenitude. Atualmente, estas transações valem 86 mil milhões de euros e 600 mil empregos nos 28 Estados da União Europeia, de acordo com as estimativas de Bruxelas. A eliminação das tarifas permitirá às empresas europeias pouparem mil milhões de euros.

O acordo inclui ainda standards elevados em matéria de desenvolvimento sustentável, numa referência clara ao acordo climático de Paris.

Limiano lança campanha Hora do Natal

Preços dos alimentos diminuem ligeiramente em novembro