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Tetra Pak introduz polímeros reciclados certificados nas embalagens

A Tetra Pak anuncia a introdução de polímeros reciclados certificados nas suas embalagens, tornando-se na primeira empresa do sector alimentar e de bebidas a receber esta certificação de produtos avançados da Mesa Redonda sobre Biomateriais Sustentáveis (RSB).

As embalagens de cartão da Tetra Pak que integram polímeros reciclados certificados já se encontram disponíveis para os fabricantes de alimentos e bebidas.

Alejandro Cabal, vice-presidente de Soluções de Embalagens e Operações Comerciais da Tetra Pak, afirma que, “como signatários do compromisso global da Ellen MacArthur Foundation – New Plastics Economy, comprometemo-nos a incorporar um valor mínimo de 10% de conteúdo de plástico reciclado, em média, nas embalagens de cartão vendidas na Europa, até 2025, sujeito à disponibilidade técnica e económica de plásticos reciclados aptos para uso alimentar. Temos vindo a trabalhar em estreita colaboração com a INEOS e a RSB nos últimos meses para podermos, a partir deste momento, oferecer embalagens que integram polímeros reciclados certificados, o que permite que contribuamos, ainda mais, para a transformação sustentável do sector alimentar.”

 

Colaboração

A utilização de material reciclado pode contribuir para aumentar as taxas de reciclagem e fazer com que a reciclagem seja mais viável do ponto de vista económico. Não obstante, o fornecimento e a qualidade deste tipo de polímeros podem ser um desafio, tendo em conta a disponibilidade limitada de polímeros reciclados e certificados aptos para o sector alimentar.

Assim, a Tetra Pak iniciou uma colaboração com a INEOS, fornecedor selecionado para explorar a utilização de polímeros reciclados nas embalagens de cartão e que fabricou este primeiro lote de polietileno reciclado (PE) e certificado.

O fornecedor global de produtos petroquímicos, produtos químicos especiais e derivados de petróleo está a aproveitar o processo de reciclagem avançado da PLASTIC ENERGY para transformar resíduos de plástico em polímeros, substituindo produtos à base de óleos por materiais com especificações idênticas e o mais alto nível de pureza do produto como plástico virgem. “A RSB certifica que os polímeros reciclados usados nas tampas e/ou revestimentos das embalagens de cartão da Tetra Pak são produzidos de forma sustentável. Sermos os primeiros do nosso sector a receber a certificação de produtos avançados RSB representa mais um marco na nossa viagem rumo à produção das embalagens de cartão para alimentos mais sustentáveis do mundo, embalagens compostas, na totalidade, por materiais renováveis ou reciclados, adequadas e seguras“, acrescenta Alejandro Cabal.

Seguindo o método de atribuição da cadeia de custódia da RSB, os plásticos são feitos de uma mistura de materiais reciclados e não reciclados, com a massa correspondente de materiais reciclados a ser rastreada em toda a cadeia de fornecimento da Tetra Pak.

 

Reciclagem

A reciclagem tornou-se numa solução para o problema das embalagens enquanto parte de um movimento em direção à economia circular, mas o mundo não pode depender apenas desta, uma vez que a produção de plástico de origem fóssil continua a crescer e atingiu cerca de 368 milhões de toneladas em 2019.

Entretanto, as diretrizes e as normativas relativas à reciclagem em todo o mundo têm sido um impulso importante na garantia de que os produtores compram materiais reciclados, o que faz com que aumente a procura e, consequentemente, incentiva a uma oferta alargada. As organizações não governamentais são outra força importante neste movimento.

O mais recente de progresso do compromisso global publicado pela Ellen MacArthur Foundation, em novembro de 2020, indica que, apesar da “presença de constituintes reciclados nas embalagens ter crescido 22% numa base anual e do número de metas de redução ter mais do que duplicado, será necessária uma aceleração substancial nos próximos anos para permitir que tudo aquilo que utilizamos circule, permanecendo na economia e fora do meio ambiente”.

Alejandro  Cabal conclui que há um longo caminho a percorrer até que os polímeros reciclados e de origem vegetal possam ser convertidos na principal matéria-prima das embalagens. “Estamos a trabalhar com parceiros para explorar mais a fundo os polímeros sustentáveis, ao mesmo tempo que continuamos a avaliar a utilização de produtos alternativos, à base de plantas e de materiais que tenham por base fibra reciclada. A nossa ambição a longo prazo é clara: queremos que todas as nossas embalagens sejam compostas por polímeros renováveis ou reciclados, pondo fim à extração de matérias-primas fósseis. É necessário que haja a ação coordenada e a promoção por parte da indústria, das empresas e das outras partes interessadas, para apoiar a transição do sector para uma economia circular baixa em carbono”.

Por Bárbara Sousa

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