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Shopper Brain Conference ensina a captar a atenção do consumidor

A Grande Consumo esteve presente, em Amsterdão, como Media Partner da Shopper Brain Conference, evento que tem como objetivo dar a conhecer como funciona o cérebro do “shopper”, assi*m  como as marcas e as lojas podem ir de encontro ao que o consumidor realmente quer.

No primeiro dia de conferência, o consagrado autor Peter Steidl falou da ameaça da perda de 50% dos empregos no futuro, em virtude do aparecimento dos veículos autónomos, o que deixa a pensar como o shopper marketing pode responder a um consumidor cada vez mais digital, que cada vez mais compra na loja, mas decide dentro e fora da loja com recurso à tecnologia.

Ana Iorga, da agência Decode, diz que, tal como Confúcio, que os homens inteligentes investem em reduzir a dor e não aumentar o prazer, sendo, por isso, fundamental compreender que o cérebro humano busca gratificação imediata. Os mais recentes dados apresentados indicam que as novas gerações têm hoje um foco de atenção de oito segundos, quando em 2005 era de 12 segundos, fazendo com que os marketeers tenham de ser capazes de captar a atenção de forma eficiente. Os cérebros humanos são preguiçosos e é por isso que a criação de hábitos e marcas de referência são a forma de conseguir manter os consumidores no ciclo de fidelidade.

O “shopper” quer que lhe facilitem a vida e não está disponível para pensar de forma consciente sobre o seu cabaz de compra cada vez que entra na loja, razão pela qual gosta de marcas. Não só em Portugal se questionam as promoções e, na perspectiva de Eamon Flusher, especialista em neuromarketing, as promoções de oferta de quantidade (tipo leve 3 pague 2) são negativas para a marca, já que o consumidor as interpreta como falta de qualidade: “oferecem porque ninguém compra“. Já nos produtos de higiene e beleza, essa negatividade não existe, uma vez que a questão da qualidade desaparece.

A terminar o dia, o norte-americano Graeme Newell teve o ponto alto da sessão com uma apresentação sobre a utilização de emoções na publicidade, defendendo de forma clara que os seres humanos ainda são primitivos e que o nosso subconsciente controla grande parte das preferências e decisões.  Se assim não fosse, comos seria ter cavalos selvagens a correr ao lado dos carros nos anúncios de SUV’s ou que a inserção de imagens chocantes nos maços de tabaco tenha levado a que se desperte ainda mais a vontade de fumar aos fumadores, criando neste caso uma associação entre a imagem negativa e o ato de fumar no subconsciente?

Falar do cérebro do shopper e das suas motivações é ainda uma ciência desconhecida para muitos, mas costuma-se dizer que o conhecimento não ocupa lugar. Por isso, a Grande Consumo irá continuar a acompanhar a Shopper Brain Conference naquela que é já a sua quinta edição e a falar-lhe do que se passa no evento de referência do neuromarketing para o retalho e grande consumo.

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