De acordo com o conteúdo do inquérito global ao consumidor sobre consumo sustentável da Statista, mais de metade dos inquiridos presta atenção a aspetos tais como embalagens ecológicas, bem-estar animal ou comércio justo. A compra em segunda mão é também uma forma de reduzir a pegada de carbono e 52% dos consumidores é comprador em segunda mão.
Em países como a França ou o Reino Unido, a percentagem é visivelmente mais elevada. Não é surpreendente, portanto, que o comércio eletrónico de produtos em segunda mão seja também um negócio florescente na Europa. 51% dos consumidores alemães, por exemplo, tem a sensação de que pode contribuir para enfrentar os problemas ambientais através do seu próprio comportamento diário, diz o estudo.
Recommerce
Recommerce é um termo relativamente jovem que descreve a venda de produtos usados, por vezes, não utilizados, recondicionados ou reciclados, principalmente através de plataformas online, sob a forma de uma economia circular.
A crescente consciência ambiental, mas também uma maior sensibilidade dos consumidores aos preços, devido à inflação, levam este segmento mais longe: até 2025, espera-se um volume de mercado de 120 mil milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 60%.
O papel da recomendação no comércio eletrónico em geral também deverá crescer: a quota do comércio eletrónico em segunda mão no mercado retalhista global online deverá ser de 14% em 2025, contra 10% em 2021.
Segunda mão
Etsy, Vinted e Back Market são três dos principais intervenientes no mercado que se concentram na venda de bens em segunda mão.
Com uma taxa de crescimento anual de 64%, entre 2019 e 2023, a Vinted, uma plataforma C2C lituana centrada na moda em segunda mão, regista o crescimento mais acentuado e mais consistente nem termos de Gross Merchandise Volume (GMV).
A plataforma americana Etsy quase duplicou o seu GMV entre 2019 e 2020. Desde então, o crescimento abrandou, mas a taxa de crescimento anual, entre 2019 e 2023, permanece elevada em quase 30%.
