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Robôs autónomos aceleram conquista da logística urbana

Foto Walter Cicchetti/Shutterstock.com

Com custos de operação mais baixos e menor impacto ambiental, a adoção de entregas urbanas com robôs tende a acelerar em centros urbanos e zonas comerciais.

De acordo com um relatório da ABI Research, o mercado global das entregas robotizadas deverá crescer exponencialmente nos próximos anos, passando de 260 milhões de dólares (cerca de 239 milhões de euros) em 2025, para 1.740 milhões de dólares (cerca de 1.598 milhões de euros) em 2032.

Este salto substancial deve-se, sobretudo, à capacidade destes robôs oferecerem, segundo a consultora, o custo por entrega mais baixo de todos os meios de transporte disponíveis, ao mesmo tempo que respondem às exigências crescentes de descarbonização e velocidade no e-commerce urbano.

 

Eficiência, redução de emissões e novos hábitos de consumo

As entregas de última milha estão a sofrer uma transformação silenciosa. Segundo o analista Adhish Luitel, da ABI Research, “na América do Norte, empresas como Nuro, Cruise e Starship Technologies lideram a implantação de robôs de entrega em ambientes urbanos, centros comerciais e até campi universitários”.

A Europa acompanha esta evolução. A recente parceria entre a Starship Technologies e a Bolt Food demonstra o potencial de integração destas soluções em operações comerciais urbanas, prometendo reduzir os custos logísticos e aumentar a frequência das entregas em áreas densamente povoadas.

O segmento da alimentação tem sido um dos grandes motores deste crescimento. A previsão de que o e-commerce alimentar represente 15% das vendas globais em 2026, face aos 8,8% registados em 2020, tem impulsionado a adoção de tecnologias que permitam entregas mais rápidas, seguras e economicamente sustentáveis.

Estas tendências são potenciadas por um novo perfil de consumidor urbano, exigente, habituado à conveniência digital e cada vez mais sensível ao impacto ambiental das suas escolhas.

 

Robôs nas cidades: o desafio da aceitação social

Apesar dos avanços tecnológicos e dos benefícios económicos, a aceitação social da presença de robôs nas ruas continua a ser uma variável crítica para o sucesso da sua implementação em larga escala. As primeiras experiências em zonas urbanas estruturadas, como universidades, parques empresariais ou centros comerciais, funcionam como laboratórios vivos, onde se testa não só a robustez operacional dos robôs, mas também a reação das comunidades ao partilhar passeios, ciclovias e cruzamentos com estas máquinas.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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