Com um expressivo aumento de 9%, os Vinhos de Lisboa alcançaram o seu melhor ano de sempre em 2022, com mais 5,5 milhões de garrafas colocadas no mercado face a 2021.
Segundo Francisco Toscano Rico, presidente da Comissão Vitivinícola da Região de Lisboa, este desempenho resultou do aumento significativo das vendas de vinhos brancos de Lisboa em mais de 25%, do crescimento das exportações para quase 100 países (5% em volume e 7% em valor), o que permitiu alcançar uma quota de 20% do total das exportações de vinhos certificados nacionais (total das DOP/IGP, exceto Vinho do Porto) e ainda das vendas dos Vinhos de Lisboa na restauração nacional, que registaram o seu melhor ano de sempre, com crescimentos acima dos 100%, em volume e em valor.
Francisco Toscano Rico afirma que “estes resultados superaram as nossas projeções e mostram que a notoriedade da região está em alta, tanto lá fora, como cá dentro. Vemos como muito positivo a crescente penetração dos Vinhos de Lisboa nas cartas dos restaurantes, é um segmento especialmente importante para os vinhos mais premium, de maior valor acrescentado, e isso é fundamental, sobretudo para os pequenos e médios produtores. que foram os mais impactados durante a pandemia, o mesmo sucedendo com o enoturismo na região que continua a crescer a um ritmo quase frenético”.
Vocação exportadora da região
“Destaco ainda a afirmação de Lisboa como região de excelência para a produção de grandes vinhos brancos e a subida importante das DOP de Lisboa, com Bucelas, Óbidos, Carcavelos, Colares e Lourinhã, a atingirem valores pré-pandemia sustentadas pela recuperação da restauração nacional”.
Por outro lado, a vocação exportadora da Região de Lisboa manteve a sua trajetória ascendente (o equivalente a 100 garrafas por minuto), com particular destaque para o forte crescimento registado em todo o mercado europeu e para o desempenho em alguns mercados onde a procura de Vinhos de Lisboa está em forte alta, como são os casos do Canadá, Austrália e Israel. Em 2022, o Reino Unido passou a ser o principal mercado de destino, destronando os Estados Unidos.