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A Quinta da Alorna, produtora de vinhos da Região do Tejo, localizada em Almeirim, é um dos oito agentes económicos com o selo Sustainable Winegrowing Portugal. Na região de Almeirim existem apenas duas empresas vinícolas distinguidas.
Este selo, atribuído em 2024, no âmbito do Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Sector Vitivinícola, criado pelo Instituto da Vinha e do Vinho e promovido pela ViniPortugal, reconhece as práticas de sustentabilidade adotadas e implementadas pela Quinta da Alorna nos mais de 160HA de vinhas.
Ainda na atividade vinícola, a Quinta da Alorna, que engarrafa mais de 1.400.000 garrafas/ano, conta com a certificação IFS Food, que certifica a segurança e a qualidade de produtos e processos alimentares.
340 mil euros em sustentabilidade
Nos últimos quatro anos, a Quinta da Alorna investiu cerca de 340 mil euros em ações de sustentabilidade, um dos pilares estratégicos da empresa. A gestão procura o equilíbrio entre todas as atividades agrícolas e a natureza, com uma política direcionada para a qualificação, recorrendo a ferramentas de certificação agroambientais, procedimentos e normas que garantam a qualidade do produto, a proteção do ambiente e a segurança dos colaboradores.
“Na Quinta da Alorna procuramos adotar as práticas da agricultura regenerativa que reforçam a sustentabilidade dos nossos solos e reduzem o impacto da nossa atividade para assim obter o máximo proveito dos cultivos. Nos últimos anos investimos em equipamentos (e serviços) de agricultura de precisão, que nos permitem recolher informação, gerir o impacto ambiental das nossas culturas e medir a produtividade dos cultivos/colheitas”, destaca Pedro Mascarenhas, diretor Agrícola da Quinta da Alorna.
Agricultura biológica
As certificações estendem-se também nas práticas agrícolas das culturas anuais da Quinta da Alorna, que conta com cerca de 500 HA dedicados a regadio; e para a área florestal, que ocupa 1.900 HA da propriedade.
Nestas áreas, a Quinta da Alorna conta ainda com as certificações produção integrada (PRODI), para o uso eficiente de água (UEA) e FSC (Forestry Stewardship Council), que salvaguarda a gestão responsável da área florestal e atividade de silvicultura.
A Quinta da Alorna tem montado de sobro, de onde retira a cortiça, pinhal manso, para produção de pinhão, e eucaliptos para produção de pasta de papel. A prática de agricultura biológica na área de pinhal manso é ainda certificada pela Kiwa-Sativa.
A área florestal da Quinta da Alorna ocupa solos sem aptidão para outros tipos de culturas e tem um papel importante na retenção de carbono para evitar a erosão, assim como para a biodiversidade da flora e fauna. “É uma floresta muito bem implementada e um dos pulmões de Almeirim”, reforça Pedro Mascarenhas.
A propriedade tricentenária conta com sete centrais de produção de energia, instaladas em 2013, 2019 e 2022. As energias geradas pelos painéis solares instalados contribuem para a diminuição de emissões de CO2 – estima-se que sejam evitadas 170 TON/ano de emissões de dióxido de carbono para a atmosfera – e para a redução da pegada ecológica da Quinta da Alorna.