Christmas tree detail with supermarket fruit sector blurred background. selective focus.
Foto: Shutterstock
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Preços do azeite e do bacalhau descem a duas semanas da Consoada

DECO Proteste analisa Cabaz de Natal

A DECO PROteste avança que a ceia de Natal deste ano vai custar mais aos consumidores portugueses do que custou em 2023. Mas, a apenas duas semanas da Consoada, alguns dos produtos que têm mais peso na fatura do supermercado nesta época, como o azeite ou o bacalhau, ficaram mais baratos.

Na base desta análise, a DECO PROteste considerou um pequeno cabaz alimentar composto por 16 produtos que considera essenciais na mesa de Natal dos portugueses. Casos do bacalhau, peru, vinho ou azeite, entre outros, que, este ano, podem custar 52,83 euros, “mais 6,46 euros (mais 14%) do que a 21 de dezembro de 2022 e mais 2,05 euros (mais 4%) do que a 20 de dezembro de 2023”.

 

Cabaz mais do caro do que em 2023

Os dados da DECO PROteste revelam que, embora este cabaz esteja mais caro do que em 2023, “a aproximação ao Natal não está a provocar uma subida nos preços”. Na última semana, entre 4 e 11 de dezembro, esta cesta ficou seis cêntimos (menos 0,11%) mais barata “e o preço de produtos como o bacalhau ou o azeite virgem extra, que representam uma grande fatia da conta do supermercado, desceu ligeiramente”.

DECO PROteste cabaz Natal a 12:12:24

Valor pode ser mais alto

A organização de defesa do consumidor alerta, contudo, “que o peso dos produtos da ceia de Natal na fatura de supermercado pode ser ainda mais expressivo. Nas contas do preço total deste cabaz foram considerados apenas uma unidade de cada produto ou um quilo, no caso dos produtos vendidos a peso (bacalhau, perna de peru, batata, couve e abacaxi)”.

 

Método de análise

Para perceber se este Natal pode representar um maior esforço financeiro para os consumidores portugueses, a DECO PROteste escolheu 16 produtos tipicamente usados na confeção da Consoada (açúcar branco; farinha para bolo; batata-vermelha; leite meio-gordo; meia dúzia de ovos; couve; óleo alimentar; carcaça tradicional; perna de peru; bacalhau graúdo; arroz carolino; azeite virgem extra; tablete de chocolate para culinária; abacaxi; vinho branco DOC Alentejo; vinho tinto DOC Douro), tendo calculado o preço médio por produto em todas as lojas online do seu simulador. “Posteriormente, foi somado o preço médio de todos os produtos e obtido o custo total do cabaz para um determinado dia”.

 

Preço do bacalhau estável

Na leitura realizada pela DECO PROteste a 11 de dezembro, oito dos 16 produtos desta cesta viram os seus preços descer, ainda de que forma pouco expressiva. Caso, por exemplo, do bacalhau, que, na última semana, passou a custar menos 43 cêntimos por quilo (menos 3%), passando a apresentar 13,95 euros por quilo, enquanto o azeite virgem extra, por sua vez, viu o seu preço descer sete cêntimos (menos 1%) fixando o seu preço nos 9,49 euros.

Além destes produtos, na última semana (4 a 11 de dezembro), abacaxi, leite meio-gordo, chocolate para culinária, couve, óleo alimentar e os ovos viram os seus PVPs descer. Sentido contrário tiveram artigos como o vinho tinto (4,81 euros, mais 31 cêntimos, mais 7% comparativamente há uma semana), a batata-vermelha (um quilo custa agora 1,36 euros, mais 9 cêntimos, mais 7% do que na semana passada), ou o arroz carolino, com uma embalagem a fixar-se, segundo esta fonte, nos 1,88 euros, um aumento de mais 8 cêntimos (mais 4%) do que há uma semana.

DECO PROteste cabaz Natal a 12:12:24 Produtos Evolução

 

Comportamentos distintos

Ainda que maioria dos preços dos produtos do cabaz de Natal tenham descido na última semana, a DECO PROteste considera que a comparação com os preços de 2023 evidencia “que há vários produtos que estão a contribuir para que esta ceia de Natal possa ser mais cara do que a do ano passado”. Caso, por exemplo, do chocolate para culinária, que, há um ano, em formato tablete custava 1,98 euros e, este ano, 2,73 euros, ou seja, mais 75 cêntimos (mais 38%).

Já o azeite virgem extra, por outro lado, não só está mais barato em comparação com a semana passada como também “ficou mais barato em comparação com o período homólogo. Há um ano, uma garrafa com 75 centilitros de azeite custava 10,21 euros, mais 72 cêntimos (mais 7%) do que custa esta semana. Ainda assim, há dois anos, a 21 de dezembro de 2022, era possível comprar a mesma garrafa de azeite por apenas 5,89 euros, ou seja, menos 3,60 euros (menos 61%) do que em 2024”, conclui.

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Por Bruno Farias

Diretor na revista Grande Consumo. Um eterno sonhador, um resiliente trabalhador. Pai do Afonso e do José.

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