in

Portugueses procuram produtos mais “humanos” para os seus animais

São cada vez mais os lares em Portugal que optam por ter animais de estimação, tornando-os parte integrante da família. No mês em que se comemora o Dia Mundial do Gato e do Cão, a Nielsen foi analisar esta categoria verificando que 2018 continua a ser sinónimo de grande dinamismo, crescendo cerca de 5,4% em valor no último ano móvel (mais 10,8 milhões de euros).

Apesar do cão ser o animal doméstico mais escolhido pelos portugueses, tem sido a alimentação de gato a mais dinâmica, a crescer 7,5% no último ano móvel (versus 2,1% a de cão). Verificou-se um aumento médio dos preços, o que trouxe valor à categoria.

No entanto, o maior dinamismo deste mercado está relacionado com o fator inovação e com um maior nível de customização destes produtos, associado a uma crescente noção das diferentes necessidades dos animais, a que se junta uma maior “humanização” da categoria. Ramiro Vaz, Client Consultant Manager da Nielsen, explica que “também no que se refere à alimentação dos animais, tem-se verificado uma maior preocupação em oferecer-lhes uma alimentação saudável. Desta forma, os consumidores procuram produtos com nutrientes mais naturais, nomeadamente receitas menos complexas, mais orgânicas, sem OGM’s ou sem glúten, por exemplo. Os donos pretendem que a alimentação dos seus animais seja, de alguma forma, semelhante à sua e procuram produtos que permitam controlar o peso dos seus animais. Verifica-se por exemplo, a procura de produtos vegan ou sopas gourmet para gatos”.

O “mix feeding” também tem sido responsável pelo dinamismo desta categoria. Este tipo de alimentação vem dar resposta às diferentes necessidades dos animais, na medida em que é uma combinação dos vários tipos de alimento: comida seca, que é a base da alimentação de um animal, húmida, que serve de complemento à alimentação seca, sendo mais rica em minerais, e snacks, que funcionam como “treat”, complementando os anteriores. “O ‘mix feeding’ resulta em benefícios cientificamente comprovados, sendo rico em nutrientes e ajudando a reduzir a incidência da obesidade e de outros problemas de saúde”, refere Ramiro Vaz.

ambém os acessórios para animais apresentaram um comportamento muito positivo no último ano (+7% em valor), estando este crescimento relacionado com a “premiação” dos animais, o que resulta da “humanização” da categoria e do elevado nível de inovação e potencial deste universo.

A voz no futuro do retalho

Oliveira da Serra lança nova campanha