O “Portugal Sou Eu” apresentou os resultados de um estudo que avaliou a notoriedade do selo, tendo como base os hábitos de compra dos consumidores portugueses em relação à origem dos produtos.
A apresentação do estudo, conduzido por uma equipa de professores do ISEG – Lisbon School of Economics & Management (CEGE) da Universidade de Lisboa, decorreu no II Fórum “Portugal Sou Eu”, no Centro de Congressos de Lisboa, tendo sido reconfirmado o comportamento dos consumidores perante a origem dos produtos, nomeadamente os alimentares, e o predomínio da despesa mensal orientada para produtos portugueses.
O estudo revela que 84,5% dos consumidores procuram – para a maior parte dos produtos ou para algumas categorias de produtos – a origem do produto. Destes, 76% procura a indicação da origem do produto ou um selo (42,8%). 85,9% dos consumidores referem a necessidade de existir um selo que identifique que o produto é português.
Os resultados apontam para um aumento, em comparação com o estudo feito em 2014, dos consumidores que compram produtos portugueses frequentemente (65,6% em 2017 e 62,4% em 2014) e dos que tentam comprar produtos portugueses sempre que existam (68,6% em 2017 e 58,7 % em 2014).
A preocupação do consumidor em relação à origem continua a ser maior nos produtos alimentares, com 94,6% para os azeites e vinhos e mais de 80% nas frutas, legumes, pão doçaria, pastelaria, peixe, carne e derivados e queijos.
A satisfação com os produtos portugueses também registou um aumento (92,8% em 2017 e 87,6% em 2014), assim como, a intenção de comprar mais produtos portugueses (50,8% em 2017 e 41,6% em 2014).
Na área da qualidade, o estudo diz que esta prevalece sobre o preço para a compra de produtos portugueses na quase totalidade das categorias, sendo predominante nas categorias de bens alimentares.
Em relação aos gastos, a maioria dos inquiridos (48,4%) gasta entre 51% a 75% da sua despesa mensal total em produtos portugueses (em 2014 registou-se 41,6%).
Já no que toca aos valores do consumidor como cidadão, os motivos que conduzem à compra revelam que 89% acredita que está a criar emprego, 87% a ajudar Portugal a ser uma economia forte, 78% a apoiar as empresas portuguesas e 77% a ajudar a melhorar o deficit.
Verifica-se um aumento da notoriedade espontânea do “Portugal Sou Eu”, existindo 30,3% de referências aos dois logos do selo em 2017 que compara com 21,4% em 2014. A notoriedade assistida regista um acréscimo de referências nos dois logos, passando de 27,7% em 2014 para 37,8% em 2017. Em particular, o selo com a insígnia “Portugal Sou Eu” obtém 26,7% das referências em 2017 (15% em 2014).
Nesta área, o estudo demonstra, ainda, que as campanhas de publicidade desenvolvidas pelo “Portugal Sou Eu” influenciaram a decisão de compra de produtos portugueses, tendo 34,3% dos consumidores admitido que passaram a comprar mais produtos portugueses.