Um estudo conduzido pelo IPAM revela que a maioria dos portugueses (68,2%) planeia realizar as suas compras de Natal durante o mês de dezembro. Entre os motivos apontados para deixar tudo para mais tarde estão a confiança em promoções de última hora, a dificuldade em organizar o orçamento com antecedência e a preferência por evitar a concentração de pessoas nas lojas.
O inquérito, que analisa os hábitos dos portugueses nesta altura do ano, salienta também que, apesar do hábito de adiar, existe uma percentagem significativa de consumidores (29%) que se mantêm cautelosos na gestão de tempo e recursos: os que compram com antecedência justificam a decisão com a possibilidade de obter preços mais baixos, garantir a entrega atempada das encomendas online e evitar multidões.
Uma percentagem muito reduzida, 2,8% admitem que esperam pelo período de saldos após o Natal para fazer as suas compra.
Compras online já representam 27% das intenções
O estudo aponta ainda que os hábitos de compra se diversificaram nos últimos anos. Enquanto os centros comerciais continuam a ser o local mais escolhido (21%), as compras online já representam 27% das intenções, consolidando-se como uma alternativa prática. Esta tendência mantém-se estável desde a pandemia, refletindo a preferência dos consumidores por conveniência e variedade, mesmo na época natalícia.
Já o comércio de rua e as feiras de Natal têm menor adesão (11%), mas continuam a atrair quem procura presentes mais personalizados e locais.
“A concentração de compras em dezembro reflete tanto as limitações financeiras de muitas famílias como a busca pela conveniência. A crescente adesão às compras online e a preferência por soluções práticas são uma prova de como os consumidores estão a adaptar-se a novas realidades, mantendo o foco no que consideram essencial“, afirma Mafalda Ferreira, coordenadora do estudo e diretora da Licenciatura em Gestão de Marketing no IPAM-Porto.