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Portugueses cortam no orçamento das férias e ficam em casa

Os portugueses vão cortar no orçamento de férias para este ano e 40% admite mesmo que está a planear ficar em casa, de acordo com um inquérito conduzido pela plataforma Fixando a 7.312 inquiridos, durante a primeira quinzena de maio, que revela um clima de incerteza e contenção financeira.

Os dados do inquérito indicam que muitos portugueses estão a optar por soluções mais económicas e 40% admite mesmo ficar em casa durante o período de férias do seu emprego. Dos restantes inquiridos, 31% indica que vai viajar dentro do país e 20% vai passar férias no estrangeiro. Apenas 9% vai recorrer à casa de familiares.

Entre os que escolheram ficar em casa, 46% aponta a falta de disponibilidade financeira como a principal razão, o que revela uma preocupação crescente com a economia doméstica e com a situação profissional. Além disso, 26% refere motivos familiares ou pessoais, enquanto 29% menciona outros motivos.

A análise dos orçamentos destinados às férias em 2024 mostra uma tendência de redução: em comparação com o ano passado, 44% dos inquiridos afirma ter um orçamento inferior, enquanto 42% mantém o mesmo valor e apenas 14% indica que vai aumentar o valor gasto em férias. 23% diz ter um orçamento inferior a 250 euros, 30% entre 250 euros euros e 500 euros, 21% entre 500 euros e mil euros, 21% entre mil euros e dois mil euros e apenas 4% superior a dois mil euros.

 

Animais de estimação

Outra preocupação no momento de ir de férias é encontrar a solução mais adequada para os animais domésticos. Mais de metade dos inquiridos pela Fixando possui animais de estimação (56%), o que influencia diretamente os planos de férias.

Apesar da procura por hotéis para animais ter disparado em 2023 e 2022 (130% e 287%, respetivamente), este ano parece que os portugueses estão a recorrer menos a esta solução. De acordo com dados da plataforma, os pedidos para hotéis para animais já desceram 72% em 2024, depois da explosão dos dois anos anteriores, e 60% dos donos inquiridos indicou que vai deixar os seus animais com amigos e familiares, com 35% a optar por os levar consigo para o seu destino de férias.

Para a Fixando, esta queda significativa na procura por hotéis para animais reflete claramente o impacto das atuais condições económicas na vida dos portugueses. “Com uma preocupação crescente em controlar as despesas, muitos donos de animais estão a optar por soluções mais económicas, como deixar os seus animais de estimação aos cuidados de amigos e familiares ou levá-los consigo nas suas férias. No entanto, o sector dos hotéis para animais não está a ser muito afetado por esta queda de procura, pois em anos anteriores a procura já excedia a oferta disponível em muitas zonas do país”, explica Miguel Mascarenhas, CEO da Fixando.

 

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