São mais de 40 as empresas portuguesas que vão marcar presença na ANUGA, feira que decorre entre 7 e 11 de outubro, na cidade de Colónia, na Alemanha, na missão de promoção internacional organizada pela PortugalFoods, associação que representa o “cluster” agroalimentar português.
Desde 2011, primeiro ano da presença da PortugalFoods no certame, em que estiveram presentes 17 empresas nacionais, a organização mais do que duplicou a área do seu stand. À sétima participação, irá ocupar um espaço de cerca de 545 metros quadrados e que não será maior porque a elevada procura pela área de exposições, nesta que é a primeira ANUGA pós-pandemia (o evento decorre apenas de dois em dois anos), obrigou a organização a gerir a planta disponível.
Deolinda Silva, diretora executiva da PortugalFoods, afirma que “a elevada procura que registámos é sinónimo da capacidade competitiva do sector nos mercados internacionais. Recordo que foi dos únicos sectores da economia nacional que manteve crescimento das exportações durante o período pandémico, tendo contribuído de forma muito significativa para a resiliência da economia nacional. Ao longo dos últimos anos, o sector não deixou de investir, de incorporar inovação, de criar valor e de se posicionar, pela qualidade e diferenciação, em mercados estratégicos. Pelo que chegamos à ANUGA 2023 num contexto de crescimento e com a certeza de que a indústria nacional está a fazer crescer, de forma muito sustentada, a sua pegada internacional”.
Em 2019, as exportações do sector agroalimentar rondaram 6,2 mil milhões de euros. No final de 2022, o valor das vendas ao exterior atingiu 8,6 mil milhões de euros. Apesar deste valor acomodar o impacto da subida generalizada dos preços, mostra um crescimento sustentado das exportações.
Anos desafiantes
A última edição da ANUGA, em 2021, contou com a participação de cerca de cinco mil expositores e mais de 70 mil visitantes profissionais, provenientes de 169 países. Numa altura em que a indústria nacional procura novos caminhos de crescimento, a presença no maior evento mundial do sector permite às empresas participantes, além do contacto com as mais recentes inovações, consolidar as relações comerciais e identificar novas oportunidades de negócio em mercados consolidados, assim como possíveis geografias de expansão.
“Os últimos anos têm sido muito desafiantes para o sector alimentar em particular, se pensarmos nas grandes disrupções das cadeias logísticas impostas quer pela pandemia, quer pela invasão da Ucrânia pela Rússia. A escalada inflacionista continua a fazer-se sentir de forma muito presente no dia-a-dia das empresas, atualmente com grande impacto na diminuição do poder de compra dos consumidores, e há preocupação sobre as consequências desta situação De qualquer modo, o desempenho positivo do sector é prova de que a aposta em inovação é peça fundamental para a criação de valor: é muito pela diferenciação que garantimos a competitividade da fileira alimentar”, acrescenta Deolinda Silva.
Previstas estão as visitas da ministra da Agricultura, Maria do Céu Albuquerque (dia 10 de outubro), e do presidente da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal, Filipe Santos Costa, e da cônsul-geral de Portugal em Dusseldorf, Lídia Nabais (dia 7 de outubro).
ECOTROPHELIA Portugal 2023
Adicionalmente, será também nesta feira que a equipa portuguesa vencedora do prémio ECOTROPHELIA Portugal 2023 irá competir pelo galardão europeu, ao lado de mais de uma dezena de equipas de outros países da Europa. Esta iniciativa, que em Portugal é precisamente organizada pela PortugalFoods, distingue o produto alimentar mais inovador e sustentável criado por jovens estudantes e investigadores universitários, promovendo a aproximação do sector empresarial ao meio científico e tecnológico.
A SPIRULIFE, equipa de estudantes da Universidade de Aveiro, apresentará a concurso um gressino vegan à base de spirulina (microalga rica em proteínas, vitaminas e antioxidantes).
A presença da PortugalFoods na ANUGA 2023 decorre ao abrigo do Projeto Conjunto de Internacionalização 2023/2024, Go Global, que prevê a organização de 40 iniciativas em duas dezenas de mercados prioritários, cofinanciadas pelo Compete2030, Portugal2030, Algarve 2030, Lisboa2030 e União Europeia, no âmbito do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.
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