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“Portugal é uma exceção no mediterrâneo”

A Showroomprive apresentou um crescimento de 50% em Portugal, com uma faturação de 15 milhões de euros, que pressupõe um crescimento de 50% em Portugal no que respeita à faturação em 2013. Atualmente, a empresa ultrapassou os 20 milhões de utilizadores mundiais, dos quais 1.1 milhões são de Portugal. Para Marta Panera, diretora de Comunicação e Relações Públicas Internacionais para Espanha, Portugal e Itália, o comércio eletrónico em Portugal “está de boa saúde”, algo que é refletido no sucesso que a empresa de vendas online tem sentido.

Grande Consumo – A Showroomprive iniciou a sua operação em Portugal em 2012. Esperavam uma resposta tão positiva do mercado português?
Marta Panera –
Para ser sincera, não esperávamos crescer tanto em tão pouco tempo. Quando demos entrada da Showroomprive em Portugal não se tratava apenas de mostrar as vantagens da compra online, mas também explicar em que consistiam as vendas privadas online, dar a conhecer o nosso modelo de negócio, explicar porque os preços dos artigos que vendemos podem ser tão atrativos relativamente ao preço original. Mesmo assim, embora tivéssemos feito vários estudos de mercado, até que não finalizássemos a página web em Portugal não pudemos conhecer se realmente os consumidores portugueses sentiam-se atraídos pelas marcas que lhes proporcionámos, porque várias delas, embora fossem Premium, não se conheciam no mercado luso. Relativamente a isto, os portugueses demonstraram que gostam de comprar marcas distintas precisamente porque as mesmas oferecem-lhes um elemento de diferença relativamente ao seu meio. Não querem vestir como toda a gente, procuram roupa ou acessórios exclusivos que ninguém tem. Este foi um dos pontos-chave do êxito de Showroomprive em Portugal. Com o passar do tempo ajustamos o catálogo, embora o objetivo seja que todas as marcas estejam disponíveis simultaneamente em todos os mercados europeus para que os nossos utilizadores tenham as mesmas oportunidades de adquirir os artigos. Temos muito em conta os gostos dos consumidores portugueses para assegurarmos de incluir as marcas, estilos, desenhos e cores que são esperados em Portugal.
Mesmo assim não esperávamos uma resposta tão positiva. Há que ter em conta que para, além disso, Portugal é uma exceção no mediterrâneo porque mesmo que a taxa de crescimento de “ecommerce” no país (13.3% em 2014 relativamente a 2013) seja ligeiramente inferior à dos vizinhos italianos (17.5%) e espanhóis (16.6%), em Portugal o comprador online gasta mais. O e-shopper luso gastou 911 euros em 2014 enquanto o italiano não superou os 810 euros e o espanhol ficou-se pelos 845 euros. Está claro assim que o comprador online português disfruta comprando online e dedica mais o pressuposto nas compras online que os demais países. Neste momento existem pelo menos 3.2 milhões de pessoas em Portugal que já compraram online, 31% da população aproximadamente. Se nos centramos no número de pessoas que se conectam à internet em Portugal (66% da população), a percentagem das que compram online é de 46%. Em Itália, que têm uma taxa de conexão à internet de 60%, 44% dos internautas compram online; ou seja, os números portugueses são adequados se tivermos em conta os números dos restantes países. Em Espanha são um pouco mais altas, mas está diretamente relacionado com a altíssima utilização do smartphone entre os consumidores que está a potenciar o mobile commerce. Mas tudo há que estar no seu contexto. Em Espanha as teleoperadoras utilizaram como estratégia comercial durante muitos anos o telemóvel/smartphone aos consumidores, por isso todos têm um smartphone desde há muito tempo.
Podemos assim confirmar que o comércio eletrónico em Portugal está de “boa saúde” e temos estado a verificar isso em Showroomprive.

GC – O que explica a adesão dos consumidores portugueses a este segmento, com 1.1 milhões de utilizadores registados em Portugal em 2014?
MP –
Os consumidores portugueses sempre foram grandes consumidores de moda, assim que o trabalho de “convencimento” sobre as virtudes de um produto já estava feito, pois já gostavam de moda. O catálogo de Showroomprive é realmente excecional e isto tem a ver com as nossas origens: Showroomprive surgiu em 2006 com um compromisso entre David Dayan, um reconhecido empresário na área da liquidação, com mais de 20 anos de experiência em marcas de moda, e Thierry Petit, empresário no universo da internet e fundador do primeiro site de comparação de preços em França (cedido à Liberty surf em 2000).
De um lado, temos David Dayan que levava já muitos anos a trabalhar com as melhores casas de moda europeias e quando Showroomprive.com nasce passou as excelentes relações que mantinha com a direção dessas marcas ao mundo online e conseguiu uma seleção de marcas e artigos Premium excecionais. De outro, está o aporte de Thierry Petit, que sabia como criar e desenvolver uma empresa digital com êxito. A junção de ambos com o seu expertise influenciou bastante e, com isto, conseguiram atingir os objetivos através de um catálogo de marcas a preços muito atrativos que respondem às expectativas dos consumidores lusos e o desenvolvimento de estratégias de marketing, posicionamento e atenção ao cliente ad hoc para o meio online, a adesão a milhões de utilizadores registados.
Assim, Showroomprive tentou em Portugal, de igual forma que nos restantes mercados, ser o mais local possível, ou seja, não nos limitamos a implementar o modelo francês, mas também adaptá-lo o máximo possível a Portugal, a nível de métodos de pagamento, logística, atenção ao cliente, etc. Neste mercado da economia global há que ser o mais local possível para crescer em cada um deles.

GC – Como sustêm o grande crescimento da Showroomprive? Quais são os pontos fortes do seu modelo de negócio que permitiu um posicionamento de topo e um crescimento tão significativo?
MP – O crescimento de Showroomprive sustenta-se em três principais pilares. O primeiro é a oferta variada e exclusiva de grandes marcas de moda, focada numa clientela feminina e “digital”. Trata-se de uma oferta centrada na moda feminina (cerca de 70% da oferta focada no público-alvo por excelência do showroomprive.com – a “digital women”, com idades entre os 25 e os 49 anos). As equipas de showroomprive.com têm o conhecimento profundo relativamente ao universo da moda e do têxtil, o que garante a confiança de grandes marcas nacionais e internacionais, como Comptoir des Cotonniers, Converse, OPI ou Desigual. Atualmente, o site trabalha em parceria com mais de 1600 marcas, o que lhe confere uma oferta muito alargada: de marcas de pequenos criadores a grandes marcas. Showroomprive tornou-se um verdadeiro parceiro das marcas de moda.
O segundo corresponde à inovação contínua, um elemento diferenciador ao serviço do cliente. Assim, o site destaca-se pela sua capacidade em antecipar expetativas dos seus clientes graças ao seu conhecimento das novas tecnologias e à sua vontade em inovar. De facto, Showroomprive.com foi um dos primeiros sites a desenvolver uma aplicação móvel, com mais de 5 milhões de downloads efetuados, através do qual realizou 45% do volume de negócios em 2014, contra 11% em 2013.
Aplicamos a inovação em todos os processos. Por exemplo, a rapidez na entrega diferencia também showroomprive.com. O site foi o primeiro a propor “Entrega em 24 horas”, um serviço de entrega em menos de 24 horas. Atualmente, este serviço aplica-se a cerca de um terço das suas vendas (35%). Para além do mais, o site possibilita cinco modos de pagamento, para além do cartão de crédito. A última novidade é a introdução do sistema bitcoin, no ano passado.
O terceiro e final pilar importante para o crescimento da empresa é que é desde cedo uma dimensão internacional. Atualmente, o volume de negócios do departamento internacional representa mais de 15% das vendas da empresa, acompanhando o crescimento do volume de negócios do site. Showroomprive.com replicou o seu modelo francês em 7 outros países europeus (Portugal, Espanha, Itália, Polónia, Inglaterra, Países-Baixos e Bélgica), na sua vertente web e móvel, promovendo ofertas locais.
Neste sentido e tendo sempre em conta a dimensão internacional do negócio, em 2014 a empresa lançou o seu site multi-currency, pensado para encomendas vindas de 167 países e, assim, preparar de forma pragmática futuras aberturas no departamento internacional.
Graças a estas três estratégias, Showroomprive.com é hoje em dia um dos líderes do “ecommerce” na Europa, focado no universo da moda feminina com mais de 20 milhões de pessoas. Showroomprive surgiu, em 2006, através de um compromisso entre David Dayan, reconhecido empresário na área da liquidação, com mais de 20 anos de experiência em marcas de moda e Thierry Petit, empresário no universo da Internet, há já 15 anos, e fundador do primeiro site de comparação de preços em França. Este ADN compatível permitiu à empresa tornar-se rentável e crescer de forma contínua desde a sua criação.

GC – Quais são os maiores desafios encontrados no mercado português para a Showroomprive?
MP –
Portugal é um mercado que está em constante crescimento no “ecommerce” e ainda não alcançou o seu ponto de maturação. Alguns aspetos diretamente relacionados com a venda através da internet são ainda elementos “ásperos” para as empresas em que operamos no mercado. Por exemplo, a confiança dos usuários relativamente aos métodos de pagamento. O pagamento através do multibanco é uma das formas mais entendidas pelo consumidor, embora que pouco a pouco se vá fazendo o pagamento através do cartão de crédito.
Por outro lado, Portugal é um mercado muito interessante, com utilizadores que desejam estar a par das últimas tendências de moda e que apostam firmemente em adquirir marcas prestigiosas nacionais e internacionais a preços reduzidos. O modelo de negócio das vendas privadas é muito bem aceite pelos portugueses.

GC – Quais são as perspetivas de investimento para os próximos anos? Vão continuar a apostar no Mobile Commerce?
MP –
Sim, de facto, segundo o Mobile Marketing Association, em Portugal, em 2017, o volume de negócio do Mobile Commerce será de 4 milhões de euros e representará 25% do PIB 81). A um nível global, em 2020, 70% da população mundial vai ter um smartphone. Por isso, vamos continuar a apostar pelo Mobile Commerce como canal fundamental para interagir tanto com os clientes como com aquelas pessoas que ainda não visitaram o site. A “mobilidade” vai continuar a crescer e refiro-me não apenas ao smartphone ou tablets, também ao de outros dispositivos sem fios com acesso à internet como os “híbridos ultramóveis”, os “smartwatches” e outros acessórios com acesso à internet. Ultimamente falamos muito das “smart cities” ou cidades inteligentes que são as cidades do futuro: baseadas em infraestruturas eficientes e duradouras, com edificações inteligentes de oficinas e de residenciais orientadas a melhorar o conforto dos cidadãos sendo cada vez mais eficazes e brindando novos serviços de qualidade, enquanto se respeitam ao máximo os aspetos ambientais. Para o desenvolvimento destas “smart cities” vão ser fundamentais os dispositivos móveis, uma vez que estes nos permitirão interatuar com a cidade. Para além do mais, muitos dos projetos de implementação “smart cities” incluem a criação de comunidades em rede com os vizinhos de cada bairro, algo que fará dos dispositivos móveis indispensáveis. Por isso, em Showroomprive seguiremos a investigar e a desenvolver o canal do mobile commerce que já representa 45% das nossas vendas e 60% das visitas, o que significa que os 480 milhões de euros que faturamos em 2014, um total de 216 milhões correspondem ao mobile commerce (smartphones e tablets). Por exemplo, no ano passado lançamos uma aplicação revolucionária, Smart Promo, através do qual a Showroomprive.com tinha descontos propostos pelas lojas físicas existentes nas proximidades, via sistema de geolocalização e que nos permite redirigir o tráfego offline de consumidores de um lugar a outro em função dos seus interesses, dos seus hábitos de consumo, da sua localização e das lojas que têm no meio.
Esta continua evolução da tecnologia está a condicionar o comportamento dos consumidores. Os smartphones, por exemplo, oferecem um grande abanico de possibilidades que antes somente estavam disponíveis através de outros dispositivos com os que estamos a desenvolver novos hábitos e novas formas de solucionar questões. Os dispositivos móveis de acesso à internet converteram-se em ferramentas vitais para o nosso dia-a-dia. No caso da Showroomprive, fizemos um estudo em Portugal no ano passado para conhecer de que maneira afetava as mulheres portuguesas o nascimento dos seus filhos e como estas resolviam determinadas questões graças à internet e ao acesso a este via móvel.
À margem dos investimentos no plano mobile, vamos seguir a investir no desenvolvimento de soluções inovadoras que possam ser aplicáveis a outros pontos-chave do desenvolvimento da empresa e da relação desta com os seus clientes, tanto em Portugal como nos restantes mercados. Por exemplo, recentemente desenvolvemos um novo sistema que permite que os seus serviços de atenção ao cliente estejam ao alcance de todos os sócios com problemas auditivos (ativo para os clientes franceses nesta fase), que representam a mais de 40 milhões de pessoas na Europa.

GC – Que vantagens oferecem aos consumidores por se tratar de uma empresa no sector de vendas privadas online?
MP –
Portugal continua a ser um mercado prioritário para nós. Ao contrário dos países do centro e norte da Europa, triunfam os modelos de roupas com cores vibrantes, a moda “outdoor”, as marcas com uma forte “personalidade” e por isso na hora de configurar a oferta de Showroomprive, garantimos incluir marcas e modelos que respondam às expetativas de Portugal.
Os consumidores portugueses são muito importantes para nós. O modelo de negócio que propomos, vendas exclusivas online de marcas de moda Premium com um preço muito desejado relativamente ao original tem uma grande adesão em Portugal. Podemos confirmar que os portugueses são grandes consumidores de moda e gostam de descobrir novas marcas de qualidade de outros países o que nos leva a melhorar dia pós dia.

GC – Como descreve o momento atual do comércio em Portugal no seu segmento de negócio?
MP –
A nossa empresa está a crescer em Portugal, tanto em número de sócios registados no site, como em pedidos e em faturação. O número de negócio do “ecommerce” em Portugal alcançou em 2014 os 2.9 mil milhões com uma população de 10.4 milhões de pessoas, registando um crescimento de 13.3% relativamente ao ano anterior. Se pensarmos na Bélgica, dos 11.2 milhões de habitantes, um número próximo à da população portuguesa, 6 milhões compram online. Neste país alcançaram-se vendas pelo valor de 4.3 mil milhões de euros no ano passado (+14.3% relativamente ao ano anterior). No entanto, o gasto médio por cada comprador online foi de 722€, um número menor que em Portugal, que registou 911€ por comprador segundo os dados de Ecommerce Europe.
Em França, alcançaram-se 56.8 mil milhões (com uma população de 65.8 milhões de habitantes e 35.5 milhões de compradores online), mas as vendas de “ecommerce” experimentaram um menor crescimento: 11.2%. Espanha, com uma população de mais de 46 milhões de pessoas (20 milhões dos quais são e-shoppers) e um crescimento de 16.6% na faturação online realizou vendas online pelo valor de 16.9 mil milhões. Quero com isto dizer, que tal como estão as coisas, se Espanha em lugar de 20 milhões de e-shoppers tivesse 3.2 como em Portugal, teria ficado com mais de 2.6 mil milhões faturados. No país vizinho, para além do mais, o gasto médio de cada e-shopper em 2014 foi de 845€, 66€ menos que em Portugal.
Para terminar, o barómetro realizado por Acepi, associação portuguesa de empresas de comércio eletrónico da que também forma parte Showroomprive, revelou que no último trimestre de 2014, 71% das vendas online consultadas em Portugal registraram um aumento de clientes relativamente ao período anterior e uns 66% também experimentaram um maior volume de vendas. Estes sim são dados positivos relacionados comércio em Portugal

GC – Qual é o volume da faturação que prevê alcançar em Portugal para 2015?
MP –
Em 2014 crescemos cerca de 50% relativamente ao ano anterior em Portugal e esperamos que a tendência continue a ser igualmente positiva para o final de este ano. O crescimento global da faturação da empresa relativamente ao ano precedente em 2014 também teve um crescimento de dois dígitos (+40%). Isto leva-nos a olhar com otimismo para o futuro e alimenta a vontade de continuar a melhorar o nosso serviço para oferecer uma experiência de compra excelente para os nossos utilizadores. Para além disso, o enorme desenvolvimento através do canal mobile reconfirma a tendência positiva de crescimento para os próximos meses. Atualmente a metade do tráfego na nossa página web realiza-se através de dispositivos móveis. É para nós um canal fundamental, e investimos recursos humanos e financeiros para melhorar o serviço oferecido através da nossa app, sendo cada vez mais intuitivo e rápido.

GC – Como se insere a incubadora “Look Forward” na estratégia da empresa? Existem mais alguns projetos em desenvolvimento?
MP –
Look Forward é um conceito único que nasce com um objetivo claro: revolucionar o modo de criar, distribuir e consumir moda. Com o início desta incubadora, se somará em 2016 a organização de um grande evento para promover os projetos mais promissores das start-ups que formam parte de Look Forward perante os pontos-chave do sector das novas tecnologias, da moda internacional e dos organismos oficiais. Através desta nova estrutura, Showroomprive apoiará ativamente diferentes projetos digitais com o propósito de criar partnerships e relações a longo prazo e desenvolver um autêntico ecossistema que atue como caldo de cultivo em prol da inovação e da tecnologia no sector da moda na Europa.
É um projeto que nos apaixona e que acabamos de lançar em toda a Europa. O processo da inscrição já está aberto para as empresas que queiram apresentar a sua candidatura através da web de Look Forward.

GC – Que perspetivas tem para o futuro do negócio?
MP –
Relativamente aos consumidores, potenciaremos a notoriedade da nossa plataforma centrando-nos especialmente nas compras online via smartphone e tablets para conseguir chamar a atenção de mais pessoas que contam com acesso à internet através de estes dispositivos. Acabamos de desenvolver novas aplicações, muito mais personalizadas que permitam antecipar as expectativas do cliente para oferecer-lhe uma experiência de compra adaptada aos seus gostos particulares. Esta é a linha na qual queremos continuar no ano de 2015, oferecer novos serviços que se aproximem ao comércio eletrónico, mais ainda para os consumidores portugueses de forma fácil, prática e cada vez mais personalizada.
A um nível mais global, seguiremos a investigar os novos mercados que possam ser interessantes. Em muitas das ocasiões já estamos a testá-los através da nossa página web em inglês que se encontra disponível em mais de 167 países. Para, além disso, contamos com o projeto Look Forward e a inovação no mobile, que são os principais objetivos e que mantêm o nosso crescimento positivo enquanto faturação e número de utilizadores (atualmente contamos com uma base de dados de mais de 20 milhões de membros em toda a Europa).

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