A Portugal Insect saúda a autorização concedida pelo Estado português para utilização de insetos no mercado da alimentação humana. Esta utilização – defendida pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), desde 2013 – tem vindo a ser limitada pela regulamentação europeia.
Desde a sua criação, em 2018, que a Portugal Insect definiu este como um dos seus principais desígnios. Até hoje, viveu-se uma situação em que alguns países da União Europeia autorizam o consumo de insetos e outros que o impediam. Recentemente, no entanto, um acórdão do Tribunal Europeu de Justiça veio trazer alguma clareza adicional sobre o tema ,e consequentemente, Portugal passou a reconhecer a legalidade da utilização de insetos em alimentação humana.
Com efeito, já a FAO, no seu relatório “Edible insects: future prospects for food and feed security” (2013), sugeria a utilização dos insetos como fonte de proteína animal, com larga vantagem sobre aquelas a que os consumidores ocidentais estão mais familiarizados (vaca, porco e frango).
Com este reconhecimento, Portugal fica assim mais próximo dos Estados-membros da União Europeia onde esta colocação no mercado já era possível. No entender da Portugal Insecto, poderemos por isso, muito em breve, ver produtos enriquecidos com insetos na prateleira do supermercado. “Dá-se, assim, um primeiro passo para a construção de um novo sector económico, que se pretende inovador, gerador de emprego e riqueza“, afirma a Portugal Insect em comunicado.
Portugal Insect
A Portugal Insect é uma associação, criada em maio de 2018, e que congrega os produtores e transformadores portugueses de insetos, com vista à sua utilização na alimentação humana e animal.
De entre os seus objetivos, destacam-se o contributo para a consciencialização das populações sobre as vantagens nutricionais e ambientais do consumo de produtos alimentares à base de insetos, bem como a representação do sector a nível nacional.
