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Morosidade comercial é um problema crescente na Europa Ocidental

De acordo com um estudo divulgado pela Crédito y Caución, três em cada cinco empresas na Europa Ocidental sofrem dificuldades financeiras decorrentes de atrasos nos pagamentos.

Embora ainda tenham um sinal positivo, as previsões de crescimento das economias da região apontam para uma desaceleração de 2%, em 2018, para 1,7%, em 2019. Com o Brexit e as medidas protecionistas, em grande medida impulsionadas pelos Estados Unidos, a adicionarem pressão aos mercados de exportação, o tecido empresarial está a começar a sentir um impacto negativo maior motivado pelos atrasos nos pagamentos de faturas.

De acordo com o mais recente “Barómetro de Práticas de Pagamento na Europa Ocidental” divulgado pela Crédito y Caución, 58% das empresas (há um ano eram 56%) sentiram dificuldades financeiras na sua atividade devido a atrasos nos pagamentos por parte dos seus clientes B2B. O estudo baseia-se na participação de mais de três empresas a atuar nos mercados domésticos e de exportação de 13 países: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, França, Grã-Bretanha, Grécia, Irlanda, Itália, Holanda e Suíça.

Em média, quase 42% do valor total das faturas B2B na Europa Ocidental sofrem atrasos (há um ano, 41%). Ao nível dos mercados domésticos, os fornecedores na Grécia (51% do valor total das faturas) e em Itália (46%) foram os mais afetados. Os maiores afetados pelos atrasos nos pagamentos de clientes estrangeiros encontram-se na Grã-Bretanha (53% do valor total das faturas) e em França (51%).

O atraso no pagamento dos clientes B2B reflete-se num período médio de pagamento mais alargado, que pode ter impacto negativo na liquidez das empresas, aumentando o risco de crédito comercial B2B. Segundo o estudo divulgado pela Crédito y Caución, em 2017, os maiores aumentos registaram-se na Holanda (de 41 para 46 dias) e na Grã-Bretanha (de 31 para 35 dias).

O barómetro também analisa a opinião das empresas sobre os maiores riscos para o crescimento económico mundial nos próximos seis meses. Para 45% das empresas, a evolução do protecionismo dos Estados Unidos no sentido de uma guerra comercial é o acontecimento com maior probabilidade de travar o crescimento económico. A maior percentagem de empresas a partilhar esta opinião encontra-se na Dinamarca (60%). “Prevê-se que as perspetivas de crescimento mundial percam impulso, o que irá gerar uma perspetiva mais prudente para 2019. Provavelmente, a tendência de diminuição das insolvências globais irá abrandar, com apenas 1% de diminuição prevista para o próximo ano. Tudo aponta para um horizonte de deterioração das perspetivas mundiais de risco de crédito comercial. A proteção das faturas a pagamento é, nessa medida, de grande importância para as empresas. O seguro de crédito permite às empresas gerir os riscos inevitáveis de vender a crédito e pode ajudá-las a aproveitar as oportunidades de crescimento através de um comércio seguro e rentável”, explica Andreas Tesch, Chief Market Officer da Atradius NV.

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