A Mercadona, em colaboração com os fornecedores logísticos Disfrimur e Acotral, tornou-se na primeira empresa do seu sector a realizar testes em Espanha com tratores 100% elétricos, o que representa um avanço pioneiro no seu processo de descarbonização do transporte até 2050, em conformidade com os compromissos estabelecidos no Pacto Verde Europeu para as emissões neutras.
Mais concretamente, a empresa está a testar a eficiência dos tratores elétricos, depois de analisar os desafios apresentados pelas suas características, fundamentalmente, a sua autonomia reduzida para uma logística que funciona 24 horas por dia e a escassa infraestrutura de recarga existente. Para o efeito, concebeu, com a ajuda dos seus fornecedores logísticos, as rotas mais adequadas para estes testes, que estão a ser realizados em Madrid em conjunto com a empresa de transportes Acotral, em Getafe (capacidade de recarga de 43 kW);,e em Múrcia, neste caso a partir das instalações Disfrimur, em San Isidro (projeto com a Iberdrola com potência até 180 kW). No total de ambas as rotas, conseguiu abastecer eficazmente um total de seis supermercados, um na comunidade de Madrid e cinco na região de Múrcia e Alicante.
Os veículos elétricos testados são reboques até 44 toneladas que, graças à sua tecnologia, têm um alcance até 300 quilómetros, com uma capacidade de carga de 33 europaletes.
Com estes tratores, reduz-se anualmente um total de 102 toneladas da sua pegada de carbono, permitindo que a empresa continue a avançar no seu modelo de logística verde, com o qual procura evitar possíveis riscos ambientais, minimizando as suas emissões. Neste sentido, é de notar que a empresa conseguiu alcançar, em 2021, uma redução de 27% e que tem previsto, no âmbito da Lei das Alterações Climáticas de maio de 2021, certificar uma redução de 30% nas suas emissões logísticas para a atmosfera até 2023. Da mesma forma, estes camiões também reduzem a poluição sonora, emitindo aproximadamente 56dB, o que permite à Mercadona continuar a garantir com este tipo de transporte uma descarga noturna silenciosa e responsável para os seus vizinhos.
Primeiros dois camiões elétricos rígidos de 21 paletes na sua frota própria
Além desta iniciativa pioneira, a Mercadona acrescentou à sua frota os seus dois primeiros camiões com emissões zero. Para tal, contou com a colaboração da Disfrimur, que instalou dois carregadores ultrarrápidos até 180 kW nas suas bases de Alicante e Múrcia, com o apoio da Iberdrola, para os recarregar em apenas duas horas e um quarto.
Os primeiros testes com estes veículos, que foram fabricados pela SCANIA, foram realizados em Alicante, nas rotas que permitiram à empresa abastecer de forma experimental um total de quatro supermercados. Os novos camiões incorporados na frota própria da Mercadona têm uma capacidade de carga de 21 paletes, uma autonomia de 200 quilómetros com equipamento de refrigeração e geram uma redução anual nas emissões de CO2 de 111 toneladas.
Segundo José Ángel Llop, diretor de transporte da Mercadona, “fazemos parte de uma empresa responsável que sempre apostou na inovação como alavanca para o crescimento e sustentabilidade. Graças a este compromisso, conseguimos lançar este projeto pioneiro em Espanha, depois de demonstrar a viabilidade das rotas concebidas para este fim. Com este passo, não só contribuímos, como empresa, para reduzir a nossa pegada de carbono e proteger o ambiente, mas também reforçamos o nosso compromisso de fazer mais com menos recursos, reduzindo os efeitos no ambiente e promovendo a ecoeficiência“.
Compromisso de ter uma frota eficiente e jovem
No caminho para a descarbonização constante dos seus processos, a empresa está a renovar a sua frota com veículos, que são maioritariamente modelos EURO 6 D e E, que, além de serem os mais eficientes, reduzem as emissões de CO2 e outros poluentes.
Neste sentido, continuou também a incorporar combustíveis alternativos mais sustentáveis, o que, juntamente com os seus planos de descarbonização, lhe permitiu deixar de emitir mais de 85 mil toneladas de CO2 desde 2015, alcançando uma redução por palete transportada de 27%.
