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A Mars firmou uma parceria com a empresa biotecnológica Pairwise, com vista a desenvolver plantas de cacau mais resilientes face às alterações climáticas.
A empresa licenciou a plataforma de edição genética Fulcrum da Pairwise, que inclui ferramentas CRISPR e enzimas proprietárias (como o SHARC). Esta tecnologia permite alterar características genéticas com precisão, acelerando o desenvolvimento de traços desejáveis, como a resistência ao calor ou a doenças — em comparação com métodos tradicionais. “Na Mars, acreditamos que o CRISPR tem o potencial de melhorar as culturas de forma a fortalecer as cadeias de abastecimento globais”, afirma Carl Jones, diretor de ciências vegetais da Mars.
Garantir o futuro do cacau num contexto de preços elevados
O cacau está sob pressão devido ao clima extremo e a doenças nas principais regiões produtoras, como a África Ocidental. Em janeiro, o preço chegou aos 10,75 dólares por quilo (cerca de 9,77 euros). Esta crise nos preços tem elevado os custos de produção e ameaçado a estabilidade da oferta global.
A eficiência da edição genética é destacada pela rapidez e precisão com que se conseguem introduzir traços desejados em plantas, em comparação com a seleção convencional — que pode durar décadas e ser menos previsível.
Esta iniciativa reforça o compromisso da Mars com a segurança da sua cadeia de abastecimento e sustentabilidade. Ao investir em tecnologias avançadas como o CRISPR, a empresa pretende garantir que os consumidores continuem a ter acesso aos seus produtos icónicos, mesmo perante desafios climáticos e agrícolas crescentes.