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Marcas de fabricante recuperam terreno, num mercado ainda liderado pelas marcas próprias

Bens de grande consumo crescem 6,8% em agosto e início de setembro

Foto Shutterstock

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O mercado português de bens de grande consumo manteve um ritmo de crescimento sólido durante a quadrissemana 33-36, correspondente ao período de 11 de agosto a 7 de setembro, segundo dados da NielsenIQ. As vendas em valor aumentaram 6,8% face ao período homólogo de 2024, superando o crescimento de 5% registado em agosto do ano anterior, o que confirma a vitalidade do sector no final do verão.

Embora as marcas próprias continuem a liderar o mercado, a distância face às marcas de fabricante diminuiu, revelando uma concorrência mais equilibrada. As marcas da distribuição cresceram 8,4% em valor, enquanto as marcas de fabricante evoluíram 5,5%.

 

Alimentação continua a impulsionar o mercado

A categoria da alimentação manteve-se como o principal motor de crescimento, com uma evolução de 7,5% em valor no período em análise, acima da média dos Fast Moving Consumer Goods (FMCG).

As marcas próprias reforçaram a liderança com um acréscimo de 8,5%, mas as marcas de fabricante também mostraram solidez, avançando 6,5%.

A análise da NielsenIQ confirma assim que a alimentação continua a ser o eixo central da resiliência do consumo, mesmo num contexto de inflação estabilizada e maior racionalidade na compra.

 

Bebidas com crescimento equilibrado entre fabricantes e distribuição

O segmento das bebidas, por sua vez, cresceu 6,4% em valor face ao mesmo período do ano anterior.

As marcas da distribuição evoluíram 7,6%, enquanto as marcas de fabricante subiram 6,1%, reduzindo a diferença observada em períodos anteriores. Esta aproximação reflete, segundo a NielsenIQ, uma dinâmica mais equilibrada na categoria, marcada por uma maior atividade promocional e pela diversificação da oferta.

 

Higiene do lar regressa ao crescimento

Já a categoria de higiene do lar voltou a terreno positivo, após um período de contração, registando um crescimento de 4,4% em valor.

As marcas de fabricante, que tinham recuado na quadrissemana anterior, recuperaram com uma variação de 0,8%, enquanto as marcas próprias mantiveram-se como o principal motor da categoria, crescendo 8,4%.

A recuperação sugere um retomar do consumo em categorias básicas, após uma fase de ajuste pós-verão.

 

Higiene pessoal mostra sinais de recuperação

Finalmente, a higiene pessoal também apresentou uma evolução positiva, crescendo 4,7% em valor entre 11 de agosto e 7 de setembro. O avanço foi impulsionado sobretudo pelas marcas da distribuição, que cresceram 8,7%, enquanto as marcas de fabricante aumentaram 2,3%.

Tal como a higiene do lar, o segmento mostra sinais de retoma gradual, apoiado por promoções e pela procura por soluções mais acessíveis.

 

Acumulado do ano reforça tendência positiva

No acumulado até à semana 36 de 2025 (isto é, até 7 de setembro), o mercado português de bens de grande consumo apresentou uma evolução em valor de 7% face ao mesmo período de 2024.

Os supermercados grandes continuam a ser o principal motor de crescimento (+9,3%), seguidos pelos hipermercados (+4,7%), mas os supermercados de menor dimensão e o canal de livre serviço também registam aumentos consistentes.

Neste período, as marcas próprias e de primeiros preços (MDD+PP) consolidaram a sua posição no total de FMCG, representando já 55,3% do valor das vendas em alimentação, 24,2% em bebidas e 48,2% nas categorias de higiene do lar e pessoal.

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Por Carina Rodrigues

Responsável pela redacção da revista e site Grande Consumo.

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