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Mais de metade dos portugueses não pede fatura na compra do material escolar

60% dos portugueses gastam em média entre 100 a 300 euros nas suas compras escolares. 19% dos pais não fazem qualquer tipo de planeamento para o regresso às aulas. Pais que têm filhos em instituições privadas tendem a planear com maior antecedência as suas despesas com a educação. 80% tem em atenção a relação preço/qualidade e durabilidade dos produtos. O local de eleição para as compras de regresso às aulas são os hipermercados, seguidos das papelarias.

Estas são algumas conclusões de um estudo sobre os hábitos de consumo nacionais no regresso às aulas lançado pelo E-Konomista em parceria com a Sport Zone. O estudo foi desenvolvido com o objetivo de analisar os hábitos de compra das famílias portuguesas no regresso às aulas, bem como identificar cenários de consumo e potenciais resoluções para um peso orçamental acima do normal nesta altura do ano, com impacto em todas as famílias com filhos em idade escolar.

Quando questionados relativamente ao valor despendido com as compras necessárias no regresso às aulas, a maioria dos pais portugueses, 36%, revelou gastar entre 200 e 300 euros com este período, sendo que, no total, 60% dos inquiridos gasta em média entre 100 a 300 euros nas suas compras escolares. Apenas 7% afirma gastar mais do que 500 euros e 9% gasta menos de 100 euros.

Fazendo a comparação entre as despesas médias com o regresso às aulas e os rendimentos médios mensais das famílias, identifica-se um padrão de crescimento do consumo que acompanha o aumento dos rendimentos. Ou seja, quem ganha menos gasta menos, quem ganha mais gasta mais.

Quanto ao planeamento no regresso às aulas, através da análise dos dados, conclui-se que 64% dos inquiridos começa a planear as suas compras com duas ou mais semanas de antecedência, sendo que 34% prepara o regresso às aulas com um mês de antecedência. As famílias que têm filhos a frequentar instituições privadas tendem a gastar mais do que o valor médio e a planear com maior antecedência o regresso às aulas, comparativamente às famílias que têm os seus filhos a frequentar escolas de ensino público. 50% dos pais com crianças a frequentar a escola privada afirmaram planear este período com um mês ou mais de antecedência, face a 38% no ensino público.

Entre a lista do que é preciso adquirir, os manuais escolares encontram-se no topo das preocupações dos inquiridos (76%), transferindo a maior fatia do orçamento para os livros exigidos pela escola. A maioria dos inquiridos afirma ser esta a principal despesa nesta altura do ano, seguida do material escolar, com 15%, e de roupa e calçado, com 7,8%.

85% dos pais que participaram neste estudo revelaram que se fazem acompanhar dos seus filhos nas compras necessárias para o início do ano letivo. Apesar deste fator, o gosto pessoal das crianças e/ou adolescentes, bem como a preferência por uma determinada marca ou artigo de moda não levam a melhor na hora da compra. A maioria dos inquiridos (80%) tem em atenção a relação preço/qualidade e durabilidade dos produtos. Da amostra analisada, apenas 8% dos pais tenta conjugar o gosto pessoal dos filhos com o preço e a qualidade/durabilidade do que é comprado. Importa ainda acrescentar que 20% dos inquiridos têm apenas o preço como critério na escolha do material. Já 16% apenas selecionou a qualidade/durabilidade dos materiais como aspeto a ter em conta.

Quanto ao local de compra, grande parte das famílias prefere comprar tudo num único local. Neste caso, o local de eleição para as compras de regresso às aulas são os hipermercados, seguidos das papelarias. Quem tem por hábito comprar em mais do que um local, opta por combinar as compras em hipermercado e outras lojas.

Numa altura de contenção de gastos em que se poderia verificar cada vez mais a utilização de sites online de compra e venda de diversos produtos usados no regresso às aulas, os resultados do estudo demonstram que não se verificou uma adesão expressiva a estes suportes. Apenas 1,3% dos inquiridos afirmam ter em conta este tipo de opções para as suas compras, complementando-as sempre com outros espaços comerciais. As lojas online têm também pouca expressividade, pois apenas 4% dos inquiridos afirma comprar unicamente através deste meio. Mesmo quando combinada com outras opções, a percentagem mantém-se baixa, sendo de apenas 13%.

Mais de metade dos pais portugueses (51%) não coloca as despesas de educação no IRS, ou seja, não pede fatura, sendo certo que, com a dedução destas despesas anualmente, o retorno pode ascender até aos 800 euros.

Muitos dos inquiridos afirmaram ainda seguirem dicas de poupança nesta altura e, até mesmo, pouparem durante o ano para poderem utilizar estes recursos no regresso às aulas. Ao comparar os pais com crianças no ensino público e privado, percebe-se que quem tem filhos no ensino privado aproveita mais os manuais escolares que pertenceram a amigos ou familiares, correspondendo a um total de 30% para o ensino privado e 27% para o ensino público.

No que se refere ao apoio escolar, vários pais admitiram usufruir deste tipo de ajuda, sendo que a Região Autónoma da Madeira, o Algarve e zona Norte do país são as zonas que apresentam maior número de ocorrências, respetivamente.

Já os empréstimos, por sua vez, não são uma opção recorrente. Os dados do estudo revelaram que apenas 1,6% dos inquiridos pediram um empréstimo para fazer face às despesas desta época.

De referir que, apesar de se falar hoje em dia cada vez mais dos manuais escolares digitais, o estudo revela que adquirir este tipo de livros não é uma opção que esteja no horizonte das famílias portuguesas. Apenas 11% da nossa amostra afirmou pretender comprar manuais digitais.

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