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Mais de 22,6 milhões de embalagens de bebidas recolhidas pelo consórcio APIAM/APED/PROBEB

embalagens

Os projetos-piloto Quando do Velho se Faz Novo e Bebidas+Circulares, promovidos pelo consórcio formado pela APIAM, APED e PROBEB, recolheram mais de 22,6 milhões de embalagens de bebidas em plástico PET, latas de metal e garrafas de vidro, a que correspondem mais de 770 toneladas de materiais encaminhados para reciclagem.

O balanço destes projetos, desenvolvidos pelo consórcio, ao longo dos últimos dois anos, para preparar o futuro Sistema de Depósito e Reembolso (SDR), foi apresentado esta quarta-feira, dia 8 de março, na conferência Preparar o Futuro das Embalagens de Bebidas: Ecodesign + Economia Circular, que reuniu em Lisboa representantes da área da indústria, produção e distribuição de embalagens.

 

Iniciativas

O projeto-piloto Quando do Velho se Faz Novo, composto por 23 máquinas de recolha automáticas, instaladas em grandes superfícies comerciais localizadas em Portugal Continental, para devolução de embalagens de bebidas de plástico PET, recolheu 18,8 milhões de embalagens de bebidas entre 13 de março de 2020 e 31 de dezembro de 2022, permitindo que mais de 531 toneladas de materiais fossem encaminhados para reciclagem.

A iniciativa contou com uma cadência superior a 18 mil embalagens entregues diariamente e registou 835 mil transações nas máquinas de devolução automática.

Já projeto Bebidas+Circulares, que decorreu exclusivamente no concelho de Lisboa, registou mais de 3,8 milhões de embalagens devolvidas entre 26 de novembro de 2020 e 31 de dezembro de 2022, correspondente a mais de 240 toneladas de materiais encaminhados para reciclagem.

Entre os resultados desta iniciativa destaca-se a devolução de mais de 2,2 milhões de embalagens de bebidas em plástico PET, mais de 730 mil latas e mais de 806 mil garrafas de vidro. Diariamente, as 10 máquinas deste projeto receberam mais de quatro mil embalagens de bebidas e registaram mais de 168 mil transações.

 

Adesão dos consumidores

O estudo comportamental desenvolvido no âmbito dos projetos Quando do Velho se Faz Novo e Bebidas+Circulares, para avaliar o desempenho e a adesão dos consumidores à iniciativa, demonstra que os inquiridos atribuíram uma avaliação bastante positiva ao futuro sistema de depósito de embalagens (motivação de 8,14 numa escala de avaliação de zero a 10). A maioria dos inquiridos revelou a intenção de utilizar as máquinas de devolução automática de embalagens de bebidas, destacando, como principais motivações, a atribuição de um incentivo económico, a contribuição para o aumento e qualidade da reciclagem e a conveniência dos locais de recolha.

O estudo concluiu também que a retoma de embalagens de bebidas através de máquinas é um instrumento poderoso para promover a reciclagem de alta qualidade e a valorização do plástico PET, das latas e do vidro, garantindo a circularidade destes materiais.

Mais do que a quantidade de embalagens recolhidas, e que deram origem a nova matéria-prima para novas embalagens, estes projetos vieram demonstrar que é possível promover a sustentabilidade, incentivar uma economia mais circular e promover comportamentos ambientalmente responsáveis. Envolver diretamente o consumidor e disponibilizar as máquinas em locais acessíveis e de conveniência, como são as superfícies comerciais, são ensinamentos importantes a retirar destas iniciativas para se construir ter um sistema robusto, acessível e exequível para todos, da indústria e distribuição até aos consumidores e a toda a fileira associada à economia circular”, afirma Gonçalo Lobo Xavier, diretor geral da APED.

Acreditamos que o sucesso destes projetos possa, agora, permitir ao legislador reforçar a urgência da adoção de um sistema de depósito em Portugal. Aumentar a taxa de retoma e promover a circularidade das embalagens é a nossa visão com os olhos postos na implementação de um sistema de depósito, no qual retalhistas e produtores têm vindo a trabalhar arduamente. Só falta mesmo avançar com a publicação da regulamentação para que o SDR se torne uma realidade efetiva”, afirma Francisco Furtado de Mendonça, secretário-geral da APIAM e PROBEB.

Por Bárbara Sousa

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