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Mahou-San Miguel quer crescer através de compras em 2021

Foto DenisMArt/Shutterstock

A cervejeira Mahou-San Miguel mantém o objetivo de crescer e está atenta às “oportunidades” de compra que espera surgir no mercado, tanto na Espanha, o seu mercado de origem, quanto no exterior em 2021.

Face à possibilidade de que as dificuldades económicas causadas pela Covid-19 levem a movimentos de concentração realizados pelas grandes multinacionais do sector, o presidente da empresa, Alberto Rodríguez-Toquero, é contundente na hora de mostrar as suas intenções. “Esta empresa não está à venda, estamos a trabalhar para ganhar volume”, disse ao jornal Expansión.

O gestor está confiante em retomar a trajetória de crescimento em 2021 e prevê um exercício “de oportunidades“, que permitam aproveitar a situação de solvência em que a empresa se encontra, apesar do impacto da pandemia nas suas contas, com o objetivo de “tornar o negócio mais robusto”.

 

Mercados externos

O Grupo Mahou-San Miguel, líder no mercado espanhol e com uma faturação de 1.400 milhões de euros em 2019, vai analisar as opções que se apresentam nos sectores relacionados com a cerveja e águas (detém a marca Solán de Cabras). No mercado externo, o seu foco está nos Estados Unidos. “Vimos que o mercado artesanal funciona lá, é um mercado onde estamos presentes e onde queremos reforçar mais essa presença, apesar de ser também muito exigente e complicado. Se houver oportunidades, vamos aproveitá-las”, afirma Alberto Rodríguez-Toquero.

Em contrapartida, a empresa mantém atualmente todas as opções em aberto quanto ao seu investimento na Índia, um mercado “muito volátil“, onde os resultados, em termos de volume e de desempenho, são “maus“, embora, de momento “não haja uma decisão tomada“. Neste país, a Mahou-San Miguel tem uma filial a 100% desde 2014 e também possui um centro de produção próprio. A meta inicial era torná-lo lucrativo até 2019.

Quanto à possibilidade de entrada noutro país da América Latina – já está presente no Chile -, o diretor geral da Mahou-San Miguel realça que a região apresenta dificuldades, porque, na maioria dos mercados, já existem grandes grupos com lideranças consolidadas, às quais se agregam barreiras tarifárias.

Alberto Rodríguez-Toquero adianta que a atividade internacional do grupo cresceu no último ano apesar da crise, tendo como principal protagonista o bom desempenho da sua marca San Miguel nos supermercados do Reino Unido.

 

2021

Apesar de 2020 não ter sido um bom ano em termos de resultados – o grupo prevê perdas depois das vendas no canal Horeca terem caído em mais de 30% -, o diretor geral insiste que a empresa tem solvência suficiente para enfrentar este ano com otimismo.

O gestor garante que continuará a apoiar bares e restaurantes e, por enquanto, não tem como meta equilibrar o mix das receitas entre hotelaria e retalho, onde as margens são menores, para depender menos do Horeca.

Além disso, reconhece que o grupo foi menos afetado pela queda do turismo do que outras cervejeiras, devido ao facto de ser líder em Espanha, principalmente, na área central do país, e não depender tanto de comunidades autónomas mais vinculadas aos visitantes estrangeiros.

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