O grupo sueco H&M registou um decréscimo de 3% nas receitas do grupo, no quarto trimestre, com vendas que totalizaram 62.193 milhões de coroas suecas (5,4 mil milhões de euros), apesar de um crescimento de 4% em dezembro.
No último trimestre, a margem bruta aumentou ligeiramente de 53,7% para 54,6%, tendo o lucro bruto subido para 33.942 milhões de coroas suecas (2,9 mil milhões de euros). E o lucro operacional quase duplicou para 4.624 milhões de coroas suecas (400 milhões de euros).
O trimestre começou “com fortes vendas em setembro, quando a coleção de outono foi muito bem recebida“, lê-se no doumento enviado para a redação, e o tempo estava favorável em muitos mercados europeus. Perto do final do trimestre, a evolução das vendas foi afetada pelo facto de a Black Friday ter ocorrido mais tarde do que no ano anterior, com um valor mais elevado de encomendas recebidas em novembro deste ano a ser registado como vendas em dezembro. Este efeito de calendário afectou a evolução das vendas do trimestre em pouco menos de 1%. Ajustadas a este efeito de calendário, as vendas durante outubro e novembro aumentaram 1% em comparação com o ano anterior, em moeda local.
Já no conjunto do ano, as vendas totalizaram 234.478 milhões de coroas suecas (20,4 mil milhões de euros), com uma queda foi de 1%. No entanto, a empresa conseguiu aumentar o seu lucro.
O lucro bruto aumentou 4% para 125.299 milhões de coroas suecas (10,9 mil milhões de euros), o que corresponde a uma margem bruta de 53,4%. E o lucro operacional aumentou 28% para 107.915 milhões de coroas suecas (9,4 mil milhões de euros), com uma margem operacional de 7,4%.
Cerca de 30% das vendas foram efectuadas online durante o ano fiscal.
Expansão é uma prioridade
A expansão está a ser feita com foco no aumento das vendas omnicanal. “O investimento em lojas físicas e digitais continua em 2025 ao mesmo ritmo que em 2024 para proporcionar uma experiência ainda mais inspiradora, ao mesmo tempo que otimiza o nosso portefólio de lojas para uma rentabilidade e crescimento contínuos”, lê-se no mesmo documento.
A primeira loja H&M no Brasil será inaugurada em São Paulo no final de 2025. A Arket abrirá a sua primeira loja na Noruega, Áustria, Grécia e Irlanda durante 2025.
“Abrimos 88 novas lojas e continuámos a otimizar a nossa carteira de lojas. Com mais de 4.200 lojas, a atualização da nossa carteira de lojas continuará a ser uma prioridade para nós“, refere o CEO, Daniel Ervér. “Para racionalizar e otimizar as nossas operações, também descontinuámos a Afound durante o ano. Durante 2025, planeamos integrar a marca Monki na Weekday, tanto nas lojas como online“.
Para 2025, o plano é abrir cerca de 80 novas lojas, com a maioria a realizar-se em mercados em crescimento. Está previsto o encerramento de cerca de 190 lojas, principalmente em mercados estabelecidos que incluem um grande número de lojas Monki. No final de novembro de 2024, a Monki tinha 48 lojas sendo que algumas destas serão convertidas em lojas Weekday e as restantes lojas deverão ser encerradas.
Sustentabilidade
Daniel Ervér adianta que o grupo H&M vai utilizar a sua dimensão e escala para impulsionar a indústria da moda para um futuro mais sustentável. O objetivo é reduzir as emissões de gases com efeito de estufa em 56% até 2030 e os resultados preliminares mostram que as emissões de âmbito 3 diminuíram pelo menos 23% em comparação com a linha de base de 2019.
“Ao integrar ainda mais a sustentabilidade nos nossos planos empresariais e através de investimentos contínuos na descarbonização da nossa cadeia de abastecimento, estamos bem posicionados para atingir este objetivo a longo prazo“, explica o CEO.
“Embora a persistência de condições macroeconómicas difíceis e incerteza geopolítica possam afetar o sentimento dos consumidores durante 2025, vemos alguns sinais positivos, como a inflação e as taxas de juro a descer. A nossa cadeia de abastecimento diversificada dá-nos a flexibilidade necessária para atenuar o impacto externo negativo impacto externo negativo em diferentes mercados. Isto, juntamente com a nossa ideia de negócio – moda e qualidade ao melhor preço de uma forma sustentável – cria uma forte resiliência e posiciona-nos bem para o crescimento no mercado global da moda“.
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