A Cushman & Wakefield (C&W) anuncia a publicação do mais recente relatório “Marketbeat Snapshot” que resume a atividade imobiliária comercial em Portugal durante o segundo trimestre de 2023. Recorde-se que estes relatórios analisam trimestralmente a atividade imobiliária comercial em Portugal nos sectores de escritórios, retalho e industrial, incluindo a oferta, a procura e as tendências de preços ao nível do mercado e do submercado.
Face ao panorama da economia atual, e de acordo com a Moody’s Analytics, o crescimento do PIB português “deverá abrandar para 2,5% em 2023 (após 6,7% registados em 2022), mantendo-se, no entanto, como uma das melhores taxas de crescimento da zona euro. O investimento continua a ser impactado por alguma incerteza global e espera-se que diminua 1% em 2023, crescendo 4,9% em 2024. Após ter atingido 7,8% em 2022, a inflação deverá agora moderar gradualmente para 4,3% em 2023 e 2,4% em 2024″.
Investimento
O investimento em imobiliário comercial registou uma recuperação ao longo do segundo trimestre, em comparação com o trimestre anterior, com 499 milhões de euros transacionados, elevando o volume do primeiro semestre de 2023 para 749 milhões de euros, o que reflete um aumento de 18% em termos homólogos, avança a C&W.
A transação de seis hotéis do grupo Dom Pedro foi o principal contribuinte para este resultado, representando cerca de 50% do volume transacionado neste trimestre.
Mercado de escritórios
O mercado de escritórios da Grande Lisboa registou 33 novos negócios de ocupação, num volume total de absorção de 18.650 metros quadrados no segundo trimestre. Com um total de 72 transações registadas até junho, a absorção no primeiro semestre atingiu 38.320 metros quadrados, representando uma queda de 77% em relação ao ano anterior (YoY). A área média de transações diminuiu para 530 metros quadrados, em comparação com os 1.600 registados no primeiro semestre de 2022.
O Parque das Nações (zona 5) atingiu a maior quota de ocupação (45%) no segundo trimestre do ano. Se considerarmos o volume de absorção de janeiro a junho, o Parque das Nações acumulou 26% da absorção, seguido do Corredor Oeste (zona 6), a representar 17%.
O mercado de escritórios do Grande Porto registou uma absorção de 17.495 metros quadrados no segundo trimestre do ano, com 19 novos negócios. O volume de absorção, até junho, atingiu os 25.180 metros quadrados com 32 novos negócios, o que representa uma quebra homóloga de 17%. A área média arrendada registou um decréscimo de 9% face ao primeiro semestre de 2022, situando-se nos 790 metros quadrados.
As zonas ZEP (zona 3) e Matosinhos (zona 6) foram as zonas mais procuradas, atraindo, respetivamente, 32% e 25% do volume total de absorção no segundo trimestre de 2023.
Retalho
“Durante o segundo trimestre de 2023, o segmento do retalho não registou conclusões de novos projetos. Nos próximos três anos, espera-se que um total de 93.500 metros quadrados de área bruta locável (ABL) estejam disponíveis no mercado, incluindo o Nova Vila Retail Park, o City Covilhã e o Salinas Park, que deverão abrir em 2023, e a remodelação e expansão do Centro Colombo (Lisboa), para 2025”.
Já o comércio de rua dominou no segundo trimestre, com 61% do total de novas aberturas, seguido de centros comerciais, com 20%, e unidades “stand alone” com 15% dos negócios.
“A procura de retalho agregada pela Cushman & Wakefield registou 127 novas aberturas no segundo trimestre de 2023, o que totaliza 60.180 metros quadrados”, acrescenta.
Industrial e logística
Durante o segundo trimestre, 17 novos negócios de ocupação – com um total de 111.980 metros quadrados – tiveram lugar em Portugal no sector de industrial e logística. O volume de absorção até junho atingiu os 307.760 metros quadrados, representando um aumento homólogo de 54%. “No segundo trimestre, a atividade concentrou-se sobretudo na zona do Grande Porto, que registou 73.170 metros quadrados de área ocupada. A área média arrendada atingiu os 8.790 metros quadrados no primeiro semestre do ano”, conclui a C&W.
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