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Insolvências com tendência de crescimento

Portugal regista aumento das insolvências e forte quebra na criação de empresas no primeiro semestre de 2025

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O número total de ações de insolvência aumentou 8,6% no primeiro semestre de 2025, com um total de 1.100 empresas declaradas insolventes – mais cinco do que em igual período de 2024. O mês de junho registou 305 insolvências, traduzindo-se num acréscimo de 7,4% face ao mesmo mês do ano anterior.

Destaca-se o aumento das insolvências apresentadas pelas próprias empresas (+28,3%) e das requeridas por terceiros (+15,3%). Em contraste, o encerramento com plano de insolvência sofreu uma diminuição de 28,6%.

Lisboa (486) e Porto (485) foram os distritos com maior número de insolvências, com crescimentos de 18% e 11,8%, respetivamente. Os maiores aumentos percentuais ocorreram em Angra do Heroísmo (+50%), Viana do Castelo (+44%), Leiria (+34,9%) e Bragança (+33,3%). Em sentido inverso, os maiores decréscimos verificaram-se na Madeira (-40,5%), Beja (-27,3%) e Viseu (-26,4%).

Por sector de atividade, o destaque vai para os maiores aumentos em Telecomunicações (+100%), Agricultura, Caça e Pesca (+63,3%) e Transportes (+45,1%). O sector da Eletricidade, Gás e Água registou a maior queda (-80%).

 

Constituições em forte retração

Em junho de 2025 foram constituídas 2.755 empresas, menos 1.036 face ao mesmo mês de 2024, o que representa um decréscimo de 27,3%. Em termos acumulados desde 2023, regista-se igualmente uma tendência negativa (-0,8%).

Lisboa e Porto mantêm-se como os distritos com mais constituições no semestre, com 8.306 (-3,8%) e 4.707 (-0,8%) empresas, respetivamente. Contudo, alguns distritos contrariaram a tendência negativa: Viseu (+18,9%) e Évora (+14,5%) registaram os maiores crescimentos.

As quebras mais acentuadas ocorreram nos distritos da Horta (-25,4%) e Faro (-9,8%).

A nível sectorial, os maiores crescimentos na criação de novas empresas ocorreram no sector da Agricultura, Caça e Pesca (+20,4%) e Construção e Obras Públicas (+12,6%). Por outro lado, verificaram-se descidas expressivas nas Telecomunicações (-30,8%), Transportes (-26,7%) e Eletricidade, Gás e Água (-23,5%).

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Por Bárbara Sousa

I am a journalist and news editor with eight years of experience in
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