As insolvências desceram 12,6%, nos primeiros sete meses do ano, face ao período homólogo de 2021, com menos 436 empresas insolventes e um total acumulado de 3.014 insolvências. Setembro foi o mês do ano com maior número de insolvências (496), mas com uma redução de 19,2% face ao mesmo mês de 2021.
De acordo com os dados da Iberinform, as declarações de insolvência requeridas por terceiros diminuíram 14,5% (menos 95 empresas), enquanto as declarações de insolvência apresentadas pelas próprias empresas baixaram 16,7% (menos 115 empresas). Os encerramentos com plano de insolvência também diminuíram 5,9%, nos primeiros sete meses de 2022, face a 2021. No período em análise, foi declarada a insolvência de 1.846 empresas (encerramento de processos), menos 224 que em 2021.
Lisboa e Porto continuam a ser os distritos com o número de insolvências mais elevado: 806 e 693, respetivamente. Face a 2021, verifica-se um aumento de 2,2% em Lisboa e uma diminuição de 20,1% no Porto.
Com descidas nas insolvências evidenciam-se, ainda, os distritos de: Portalegre (-37,5%), Braga (-30,2%), Viana do Castelo (-27,9%), Madeira (-26,4%), Aveiro (-21,4%), Coimbra (-21,3%), Faro (-17,9%), Viseu (-15,6%), Vila Real (-11,8%), Leiria (-10,2%), Guarda (-7,7%), Beja (-6,7%) e Ponta Delgada (-3,4%).
Os aumentos registam-se nos distritos da Horta (+100%), Bragança (+45,5%), Angra do Heroísmo (+22,2%), Évora (+15,4%), Setúbal (+7%), Castelo Branco (+1,7%) e Santarém (+0,9%).
Apenas dois sectores de atividade têm aumentos nas insolvências: eletricidade, gás e água (+9,1%) e transportes (+4,7%). Com decréscimos evidenciam-se as atividades de telecomunicações (-40%), indústria extrativa (-38,5%), hotelaria e restauração (-16%), indústria transformadora (-15,8%), outros serviços (-13,4%), comércio por grosso (-12,7%), construção e obras públicas (-12,2%), comércio de veículos (-12%), comércio a retalho (-9,1%) e agricultura, caça e pesca (-6,5%).
Lisboa vê surgir 12.470 novas empresas
As constituições baixaram ligeiramente, em setembro, face a 2021, com menos cinco novas empresas, atingindo um total de 3.583 constituições. No acumulado do ano, foram já constituídas 36.073 novas empresas, valor 16,7% superior a 2021 e 28% superior a 2020.
O número de constituições mais significativo regista-se em Lisboa, com 12.470 novas empresas, valor que traduz um aumento de 29,8% face ao mesmo período do ano passado. O Porto surge na segunda posição, com 6.028 empresas (+9,3%).
Os distritos com aumentos nas constituições são Faro (+29,2%), Ponta Delgada (+28,6%), Setúbal (+24,9%), Coimbra (+20,8%), Madeira (+19,1%), Portalegre (+16,2%), Beja (+15,6%), Santarém (+9,6%), Aveiro (+9.5%), Angra do Heroísmo (+8,3%), Leiria (+6,4%), Guarda (+5,5%), Vila Real (+5,1%) e Braga (+1,4%).
Com variação negativa destacam-se os distritos de Bragança (-16%), Évora (-7,9%), Viseu (-7,2%), Horta (-7,1%), Viana do Castelo (-1,7%) e Castelo Branco (-1,3%).
Até final de setembro, os sectores que apresentam uma variação positiva na constituição de novas empresas são transportes (+130,1%), telecomunicações (+29%), hotelaria e restauração (+22,8%), outros serviços (+19,4%), eletricidade, gás e água (+12,9%), comércio por grosso (+10,1%), construção e obras públicas (+9,1%) e comércio de veículos (+9%).
Três sectores apresentam variação negativa: comércio a retalho (-16,7%), agricultura, caça e pesca (-3,9%) e indústria transformadora (-3,6%).