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Implementações de IA generativa nas empresas quadruplicaram no espaço de um ano

IA generativa
Imagem: Shutterstock

A segunda edição do estudo do Resarch Institute da Capgemini, intitulado “Harnessing the value of generative AI: Use cases across sectors”, revela que as empresas estão a proceder à rápida adoção da IA generativa, incentivadas pelo aumento dos investimentos e pelo valor que esta tecnologia lhes proporciona.

Todas as empresas inquiridas no âmbito do estudo, independentemente do seu sector de atividade, reportaram um aumento notável dos “use cases” desta tecnologia, com quase um quarto a revelar que atualmente já tem IA generativa integrada nalguma das suas instalações ou/e funções, um aumento de 6% em relação a 2023.

 

Benefícios

O estudo revela igualmente que as empresas pioneiras na adoção de tecnologias de IA generativa já começaram a colher benefícios significativos, que vão desde a melhoria dos rácios de eficiência operacional até à experiência do cliente e ao aumento das vendas. A título de exemplo, e em média, as empresas melhoraram os níveis de envolvimento e de satisfação dos clientes em 6,7% no último ano, nas áreas onde esta tecnologia foi testada ou implementada.

A IA generativa está a começar a transformar os negócios das empresas, que já estão a testemunhar um crescimento tangível nas suas receitas e na inovação. Este aspeto é também muito relevante, porque indica que as empresas, em vez de se concentrarem apenas na otimização de custos, estão a explorar ativamente novos caminhos para aproveitarem a IA generativa e para criarem mais-valias mensuráveis”, refere Pascal Brier, diretor de Inovação da Capgemini e membro do comité executivo do grupo. “Estamos a entrar numa nova Era da IA Generativa que irá afetar a forma como as empresas operam, à medida que os investimentos aumentam e que passamos a ter um maior número de sistemas de IA mais complexos e autónomos implementados. Para acelerar esta jornada, as empresas precisam agora de implementar bases de dados fiáveis e processos claros que lhes permitam gerir os silos e assegurar a integração dos dados em todas as funções. A confiança, a transparência e a responsabilidade continuarão a desempenhar um papel central no início desta nova era da IA e no contexto da qual é possível que se venham a obter mais valias muito significativas com o passar do tempo”.

 

Chatbots de IA estão a evoluir 

Quase três quartos das empresas (74%) são unânimes em afirmar que a IA generativa contribui para as ajudar a gerarem mais e novas receitas e para inovarem. A evolução da IA fará com que passe de ferramenta de suporte a agente independente com mais capacidade de execução, permitindo que as empresas reinventem a forma como fazem os seus negócios e aumentem os seus retornos de investimento nesta tecnologia.

Este potencial de criação de valor contribuiu para o advento dos sistemas multiagentes, uma tecnologia que evolui rapidamente e que tem a capacidade de impulsionar ainda mais inovação. O estudo aponta para níveis elevados de confiança na utilização de agentes de IA em tarefas específicas, tais como escrever e-mails profissionais, codificar e analisar dados. No entanto, também revela que os líderes empresariais estão conscientes da necessidade de manter esta confiança e a transparência ética tanto a nível do desenvolvimento, como da implementação.

 

Avanço da IA generativa

A aceleração da adoção da IA generativa, nos últimos 12 meses, não se limita às empresas, uma vez que os recentes desenvolvimentos tecnológicos também tornaram mais acessíveis as ferramentas públicas aos não especialistas. Como resultado, e embora a sua adoção tenha aumentado, apenas 3% das empresas proibiu o uso de ferramentas públicas de IA generativa no local de trabalho.

Quase todas as empresas (97%) permitem que os seus colaboradores usem a IA generativa de alguma forma e mais de metade das organizações define regras de utilização específicas para as suas equipas.

Perante o aumento da adoção da IA generativa, o estudo sublinha que as empresas devem ser responsáveis e definir diretrizes claras para validar as decisões tomadas pelos sistemas multiagentes, o que é essencial para garantir a transparência e a fiabilidade das operações e mitigar os riscos futuros que as ferramentas públicas possam representar para os seus negócios.

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Por Bárbara Sousa

I am a journalist and news editor with eight years of experience in
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