Antecipando o golpe que representa a sua saída do mercado russo, a H&M está, contudo, a progredir na recuperação das suas vendas, no rescaldo de dois anos de pandemia de Covid-19 que afetou, muito particularmente, o sector da moda. O grupo sueco, o segundo maior, a nível mundial, no retalho de moda, fechou o primeiro trimestre com um crescimento homólogo de 23%. Não obstante, as vendas ainda estão 10,5% face ao último trimestre pré-Covid.
Entre 1 de dezembro e 28 de fevereiro, período correspondente ao seu primeiro trimestre fiscal, a H&M registou um volume de negócios de 49.166 milhões de coroas suecas, ou seja, cerca de 4.653 milhões de euros, que compara com os 40.060 milhões de coroas suecas (3.791 milhões de euros) do mesmo período do ano passado e com os 49.166 milhões de coroas suecas (4.653 milhões de euros) de 2020 quando apenas a China e a Itália estavam parcialmente afetadas pelas restrições associadas à pandemia.
Impacto da guerra na Ucrânia
A empresa emitiu um comunicado de adiantamento das vendas, na ausência da publicação do relatório completo relativo ao primeiro trimestre, a 31 de março. Este será o último trimestre não afetado pela guerra na Ucrânia.
Recorde-se que, no passado dia 2 de março, apenas uma semana após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a H&M anunciou a suspensão de toda a atividade no mercado russo, o seu sexto maior, onde possui 168 estabelecimentos. De acordo com dados avançados pela BBC, a Rússia é o sexto maior mercado da H&M, representando cerca de 4% das vendas do grupo, no quarto trimestre de 2021. A Euromonitor indica que a cadeia sueca é a empresa de moda com maior quota no mercado russo, com 2,3%.
A nível mundial, a Rússia é o nono maior mercado de moda do mundo, avaliado em 27 mil milhões de euros, em 2022, indica a consultora.
