Oiça este artigo aqui:
A Henkel anunciou receitas de 5.242 milhões de euros no primeiro trimestre de 2025, refletindo uma queda de 1,4% face ao mesmo período de 2024.
Em termos orgânicos, isto é, ajustados por efeitos cambiais e variações no portefólio) o recuo foi mais moderado, cifrando-se nos 1%.
A multinacional alemã, presente em segmentos tão diversos como adesivos industriais, cosmética, detergentes e cuidados do lar, enfrentou, no início do ano, um contexto geopolítico e económico desafiante, com impacto negativo na procura industrial e uma quebra no sentimento do consumidor, sobretudo na América do Norte.
Consumo penaliza resultados globais
A divisão de Adhesive Technologies registou uma subida de 1,4%, alcançando os 2.715 milhões de euros em vendas. O crescimento orgânico foi de 1,1%, com a área de mobilidade e eletrónica a destacar-se positivamente, num sinal de resiliência face à incerteza económica global.
Por outro lado, a área de Consumer Brands, que inclui marcas como Schwarzkopf, Bref, Persil e Fa, sofreu uma queda de 4,6%, para os 2.484 milhões de euros, refletindo um declínio orgânico de 3,5%. Esta quebra é atribuída ao arrefecimento da procura dos consumidores, à redução de inventários por parte dos retalhistas e a desafios logísticos e operacionais.
Previsões mantêm-se para o conjunto de 2025
Apesar do arranque mais fraco, o CEO da Henkel, Carsten Knobel, mantém a orientação para o conjunto do ano fiscal. A empresa prevê um crescimento orgânico global das vendas entre 1,5% e 3,5%. “
A empresa reforçou que, para além das oscilações conjunturais, continua a apostar em três pilares estratégicos: inovação orientada ao consumidor e à indústria, eficiência operacional com base em digitalização e automação e sustentabilidade como vantagem competitiva e imperativo estratégico.