A Heineken vai investir 100 milhões de dólares (85 milhões de euros) na construção da sua primeira fábrica em Moçambique, cujo início de funcionamento está previsto para a primeira metade de 2019.
Esta segunda-feira, dia 4 de dezembro, foi lançada a primeira pedra da fábrica, localizada na província de Maputo, entre os distritos de Marracuene e Manhiça, numa cerimónia que contou com a presença de Max Tonela, ministro do Comércio e Indústria daquele país.
O grupo, detentor em Portugal da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas (SCC), assegura que a fábrica terá uma capacidade de produção de 800 mil hectolitros e produzirá cerveja de alta qualidade para o mercado local. Irá empregar cerca de 200 pessoas de forma direta, para além de outros de forma indireta ao longo de toda a cadeia de valor.
No seguimento da estratégia da Heineken, que se baseia em obter 60% das matérias primas agrícolas em África até 2020, esta fábrica procurar abastecer-se a 100% localmente. O grupo assinala que um dos objetivos do projeto é melhorar o rendimento dos cultivos e do nível de vida dos agricultores da região, contribuindo para o desenvolvimento económico de Moçambique.
Neste sentido, Boudewijn Haarsma, diretor geral da Heineken para a África Oriental, assegura que o grupo antevê perspetivas económicas promissoras a longo prazo no país. “O projeto avança adequadamente graças ao apoio do Governo do país e ao seu compromisso em atrair investimentos. Investir num novo mercado, como Moçambique, contribui para a ambição da Heineken de expandir a nossa presença global e ser a número um ou um forte concorrente em todos os mercados nos quais operamos“.
A Heineken iniciou a sua atividade em Moçambique em 2016 com a abertura de um escritório de vendas e marketing, através do qual importava as cervejas internacionais do grupo, como Heineken, Amstel, Amstel Lite ou Sagres. “O mote da nossa nova fábrica em Moçambique será a paixão pela qualidade, daí que o nosso foco será o de proporcionar as nossas melhores cervejas aos moçambicanos de acordo com os padrões internacionais do grupo Heineken“, assegura Nuno Simes, diretor geral da Heineken Moçambique.
Nuno Simes foi administrador da Sociedade Central de Cervejas e Bebidas até 2013, onde assumia a responsabilidade pelas áreas de vendas, marketing e exportação. Daí assumiu o cargo de diretor de vendas para a Europa Ocidental do Grupo Heineken e, posteriormente, o de diretor de desenvolvimento de negócio para África, Médio Oriente e Europa de Leste. Em agosto de 2016, assumiu a direção geral da Heineken Moçambique.
